sexta-feira, 25 de julho de 2014

Big John X Chico Sofista - As Leis da Mente

  1. Leis da Mente.

    Quero a principio, agradecer a disponibilidade de meu adversário, Chico Sofista, em enfrentar-me nessa discussão, sofista, para quem desconhece, é alguém com a capacidade de defender um ponto de vista no qual ele próprio desacredita, e, pode acreditar, o Chico Sofista sabe, como ninguém, atacar o inatacável e defender o indefensável, e você terá uma rara oportunidade de comprovar isso na sequencia de nosso debate.

    Também quero registrar o meu protesto contra a ansiosa solicitude do meu adversário, presto em iniciar encadeando a linha de seu pensamento estabelecido, quiçá considerado, mudou rapidamente o nome do que iríamos debater, isso é, o titulo do debate, numa clara manobra em direção ao seu favor imaginado.

    Isso não foi lá muito correto, posto que, corrigi sua intenção em tempo, mas se esse titulo presente favorece o meu adversário na sua busca por vitória na enquete, que assim seja, e parabéns. Mostra, como sofista que é, como fazer uma propaganda no tópico e apressar-se no sentido de seu oposto, oportunamente. Isso é a excelência no exercício do sofisma. Essa comunidade é uma aula de retórica e filosofia.

    Mas não pretendo resumir o assunto falando do Livro O Segredo de Rhonda Byrne, limitando o universo das leis mentais, algumas milenares, as conclusões oportunas dessa escritora australiana felizarda, para não me adiantar em nenhum outro adjetivo que pudesse vir a ser contestado de imediato, a considerar que o livro, inserido na categoria de auto-ajuda, alcançou a condição de best seller.

    Pois bem, sabemos todos que a humanidade busca desenfreadamente, respostas para um sem número de interrogações, embora estejamos vivendo uma era de conquistas e descobertas cientificas como nunca dantes.

    Há alguma dúvida que os humanos se debatem nesse e em outros mundos, buscando conforto que não conseguiram com todo arsenal de alternativas de medicina à astrologia, de religião as práticas mais bisonhas?

    Claro que não há a menor dúvida que o homem está insatisfeito com a vida do jeito que ele é e busca, ansiosamente, encontrar razões e motivações para carregar esse fardo de um modo que lhe pese menos.

    No Google, o oráculo da modernidade, há tantos motivos para acreditarmos que a mente PODE mudar o curso de nossa história como o contrário, na impossibilidade de se comprovar resultados, empiricamente falando, creio que isso não seja pressuposto para alegarmos a sua completa ineficácia, e é sobre isso que quero debruçar-me na sequencia.
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  2. A ideia de que podemos, como humanos, determinar que algo que desejamos venha acontecer, é pregada e ensinada em muitos caminhos, há uma observação na Wikipedia que diz..."a mente é uma usina de força que tem o poder ilimitado de moldar, mover e direcionar a energia cósmica...Ainda de acordo com esta, a energia mental é de natureza radiante.

    "O pensamento pode ser transmitido à distância e captado de forma integral ou parcial por qualquer ser que tenha uma certa sensibilidade. Assim, o pensamento tem direção e um ponto de aplicação que é o seu objeto. No entanto tais teorias não tem expressão prática na realidade o que caracteriza a fé religiosa."

    Assim, tentar encontrar uma fundamentação lógica para o poder da mente é como tentar provar a existência de Deus, a inefável alternativa da religião ou a indubitabilidade da morte. Sabemos que vamos morrer pois há um declínio sequencial e constante nos vergando contra a superfície da terra, ora, como vamos teimar em desqualificar a legitimidade de tais premissas? Tenho o firme propósito na fé que carrego, sei que o pensamento positivo em sua forma tradicional, é uma alternativa segura para alcançar um objetivo.

    É evidente que haverá limitações para que o fato se materialize, não adianta o sujeito sonhar que desposará Jakie Kennedy se ela já está morta e se jamais sequer pousou em solo americano.

    O desejo da mente deve caminhar na paralela do pragmatismo ou será apenas um devaneio que nem à marijuana se conseguirá vivenciar. Isso considerado, e mesmo a despeito d apelo de todas as possíveis autoridades que poderia evocar em minha defesa, não me atreverei a sustentar que as provas estejam ao meu favor nessa lógica.

    Mas então, pergunto, se não existe prova que demonstre que o poder da mente não seja apenas um folclore, dura missão recai sobre meus ombros e devo me transvestir de Chico Sofista para explicar o que é inexplicável, contanto que o mundo sabe (que falácia) que se praticamos o bem, o bem nos tornará, que se semeamos a verdade colheremos a justiça, assim, consecutivamente. Prometo que no mínimo uma dúzia de falsas esperanças e juízos comprometidos terminarão com esse debate.

    Já conceberam a ideia daquilo que de mim se espera?
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  3. As insinuações de que mudando nosso pensamento mudamos as nossas vidas, são antigas, diz-se que somos imãs e atraímos de tudo, logo, a imaginação poderá acrescentar diversos zeros na sua conta se for vivenciada com profundidade. Não nego que o otimismo e a fé no trabalho, na pesquisa e estudo são forças essenciais que nos impulsionam enquanto indivíduos, mas essa mesma ciência é prática em desqualificar todas as ramificações de sucesso ou fracasso a partir da força de nossas pensamentos.

    A ciência nega e apresenta manipulações viciosas utilizando termos que nada tem a ver com as palavras originais, energia, por exemplo, quando se deveria usar empatia, já que energia segundo a física, diverge da intenção psicológica ligada aos recursos humanos quando falamos das "nossas energias".

    A coisa do biomagnetismo, por exemplo, é outro aspecto pelo qual explicamos as afinidades quando à ciência dita que os "...polos diferentes se atraem", Entre outras confusões com termos científicos e positivistas.

    Mas então e por outro lado, deparamos com situações que querer provar-nos o contrário. Como imaginar nesse contexto, pessoas que parecem ter descoberto a fórmula secreta do sucesso, indo muito bem em tudo? Otimistas não abalados por nada? Ou ainda, como encarar aqueles que venceram doenças com uma atitude mental de acordo?

    Testemunhos, afirmo, teremos aos montes. Pois bem, dentro deste amontoado de ingredientes para os quais o pensamento positivo se apresenta como único pano de fundo, vamos nos aprofundar para ver o que está no campo dos mistérios ou não. Estamos nas considerações iniciais do que se apresentará esse meu encontro com o pai do sofisma, para o qual passo o cambio nesse momento.
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  4. “Prometo que no mínimo uma dúzia de falsas esperanças e juízos comprometidos terminarão com esse debate.”
    Big John, o lendário.

    Torço muito por isso.

    Saudações, leitores da Duelos Retóricos. Obrigado pela atenção que estão dispendendo. E meus cumprimentos ao Big John, o lendário. Muito obrigado pela chance de debater contigo. O título do debate, como escolhido pelo Big John, é “Leis da Mente”. Provavelmente ele não leu direito, ou se leu, leu apenas o título que ficou no grupo, que não mudou quando mudei o título do debate, por isso começou sua introdução fazendo um comentário que não correspondia ao que estava escrito. Ou então o título mudou sozinho, de tanto ser mentalizado pelo pensamento positivo do nosso colega. Mas, como diria o Kamikaze, vamos direto ao ponto. Entretanto, para manter tudo de forma um pouco mais organizada, como diria Jeremias, o esquartejador, vamos por partes. Começarei o debate elencando uma série de situações e perguntas relacionadas a elas. Tratam-se de situações que já foram discutidas pelos nossos colegas em outros tópicos e as respostas a essas perguntas serão importantes para delimitarmos onde é que discordamos. Espero que as responda em sua réplica, será uma demonstração de respeito da sua parte. Mas caso não faça, usarei o que disse para tentar responde-las eu mesmo com o que acredito ser verdade, independentemente de ser considerado um sofista ou não.

    “A ideia de que podemos, como humanos, determinar que algo que desejamos venha acontecer, é pregada e ensinada em muitos caminhos.”
    Big John, o lendário.

    Situação 1:
    Big John acordou 5 horas da manhã, como lhe é costume e já correu ligar o celular enquanto dava sua cagada matinal para ver se famigerado Chico Sofista tinha respondido sua introdução. Ele sabia que o safado do sofista disse que estava sem tempo e não sabia quando poderia responder, mas aquele dia era diferente, por que Big John tinha sonhado com aquela resposta. Não se lembrava muito bem do sonho, estava misturado com partes em que ele empinava sua Hornet e com outras em que ensinava Zack Wild o solo de Mr. Crowley. Mesmo assim, quando leu a resposta do sofista, aquilo lhe pareceu extremamente familiar, como se soubesse o que viria em seguida. Qual a explicação mais lógica para o ocorrido? Será que os poderes da mente do Big John, de alguma forma misteriosa, alterou à distância as ações do Chico Sofista e o fez criar um texto exatamente da forma como ele havia sonhado? Ou será que existe uma outra explicação para isso?

    “Assim, tentar encontrar uma fundamentação lógica para o poder da mente é como tentar provar a existência de Deus, a inefável alternativa da religião ou a indubitabilidade da morte.”
    Big John, o lendário.
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  5. Situação 2:
    O filho do Big John, hábil guitarrista, sofreu uma injúria enquanto praticava jiu-jitsu. Nas vésperas da final do campeonato, caiu de mau jeito por cima de seu braço e não sabia se tinha fraturado. Todos os seus fãs, inclusive seu pai, ficariam desapontados se ele não pudesse participar da final por causa disso. Enquanto espera o laudo médico no hospital, Big John se ajoelha e conversa com Deus, pedindo para que tenha misericórdia do seu filho e permita que ele esteja bem. Milagrosamente, o médico anuncia que não foi sério e que com um pouco de fisioterapia, ele estaria pronto para participar da final. Será que o rapaz só foi curado por causa da oração do Big John? Será que se ele não tivesse orado, seu filho teria se curado? E se tivesse rezado para a Virgem Maria, ao invés de rezar para o verdadeiro Deus? Ou então para alguma entidade umbanda? Seres invisíveis podem realmente alterar a realidade do universo quando são requisitados?

    “Tenho o firme propósito na fé que carrego, sei que o pensamento positivo em sua forma tradicional, é uma alternativa segura para alcançar um objetivo.”

    Situação 3:
    Leonardo Gnu, o bruxo, propôs um desafio no grupo duelos retóricos. Em uma competição de cara e coroa, o grupo que tirasse a maior quantidade de “coroas” poderia escolher entre uma noite com tudo pago no melhor puteiro de São Paulo mais 2 kilos de maconha ou uma Hornet e mais uma série de livros alfabetizadores que esclarecessem para crianças os males do comunismo. De um lado, estavam Chico Sofista, Roger Macaco, Alex Galináceo, Felipe e Caril. O método deles seria o de jogar a moeda e torcer para que desse “cara”, o que os faria perder. Todos achavam que iriam perder e estavam desanimados. Do outro lado, Big John, Alonso, João Cirilo, Raoni e Conde pediam com todas as forças para Deus para que as moedas caíssem “coroa”. O pensamento positivo e a força com que querem que saia “coroa” pode mudar o resultado do jogo? E o fato do primeiro grupo provavelmente usar o prêmio para algo condenável poderia fazer com que eles perdessem? Será que alguém já fez um experimento como este? Parece simples de se fazer, não é?

    “As insinuações de que mudando nosso pensamento mudamos as nossas vidas, são antigas, diz-se que somos imãs e atraímos de tudo, logo, a imaginação poderá acrescentar diversos zeros na sua conta se for vivenciada com profundidade. Não nego que o otimismo e a fé no trabalho, na pesquisa e estudo são forças essenciais que nos impulsionam enquanto indivíduos, mas essa mesma ciência é prática em desqualificar todas as ramificações de sucesso ou fracasso a partir da força de nossas pensamentos (sic).”
    Big John, o Lendário.
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  6. Situação 4
    Roger Macaco, que fumava que nem um capeta, do nada, resolveu que não queria mais fumar e disse que usou seus poderes mentais para simplesmente controlar o vício. Será que isso é possível? Big John disse que viu um homem se matar por que não conseguiu conter as reações de sua síndrome de abstinência. Será que esse homem é apenas um fraco ou um burro que não descobriu que poderia ter controle sobre si mesmo? Por que tem tanta gente viciada no mundo, se é tão simples controlar nossos vícios usando nossos “poderes mentais”?

    “É evidente que haverá limitações para que o fato se materialize, não adianta o sujeito sonhar que desposará Jakie Kennedy se ela já está morta e se jamais sequer pousou em solo americano. O desejo da mente deve caminhar na paralela do pragmatismo ou será apenas um devaneio que nem à marijuana se conseguirá vivenciar. “
    Big John o Lendário.

    Segundo a autora do livro “O Segredo”, que você disse que gosta, Big John, tudo o que acontece no universo é dependente da forma como mentalizamos as coisas, desde crises internacionais até desastres ambientais. O tsunami matou aquele monte de gente na Ásia por que aquelas pessoas não estavam tendo pensamento positivo o suficiente e talvez a África seja o lugar deplorável que é por que as pessoas que vivem ali são ímpias e afastadas de Deus. E mais, se eu quiser ganhar na loteria ou passar a comer 10 mulheres por semana, basta mentalizar que isso vai acontecer. Se eu não conseguir, a culpa é minha, por que não me concentrei o suficiente. Será que isso tudo é verdade? Será que somos mesmo tão poderosos assim? Ou será que conseguimos invocar poderes sobrenaturais com o poder da nossa concentração?


    “Mas então, pergunto, se não existe prova que demonstre que o poder da mente não seja apenas um folclore, dura missão recai sobre meus ombros e devo me transvestir de Chico Sofista para explicar o que é inexplicável, contanto que o mundo sabe (que falácia) que se praticamos o bem, o bem nos tornará, que se semeamos a verdade colheremos a justiça, assim, consecutivamente.”
    Big John, o lendário.

    Mas será que não tem gente escrota que se dá bem, ou gente boa que se lasca? Se para ter sucesso na vida bastasse sermos justos, então por que existe tanta gente aparentemente boa com tantos problemas e tanta gente vil com aparente sucesso? Com essas interrogações, termino minha introdução. Espero pelas respostas e reflexões do Big John para que possa dizer se concordo com elas ou se possuo algum argumento para contestá-las. A partir dessas reflexões, vamos ver se conseguimos terminar com qualquer que sejam as falsas esperanças ou juízos comprometidos que possamos ter em relação à realidade que nos cerca.

    Abraços do Chico, o Sofista.
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  7. Réplica #byBigJohn

    Senhores membros dessa casa.

    Vou começar dizendo que o meu adversário, utilizando-se de uma desvelada disposição, coloca-se no sentido de provocar um sentimento de piada que, aparentemente, emprega a seu discurso. Usa linguagem irônica para referir-se a situações que demandam alguma seriedade, salvo se, o objetivo do mesmo seja o almejado posto de animador de plateias, está no lugar e no trabalho errado.

    Como disse no tópico paralelo, teria uma caminhão de motivos para contestar as insinuações jocosas, as referências infantis com as quais pretende jogar a opinião dos leitores de um para outro lado, esquivando-se de emprestar ao assunto, leis mentais, alguma mínima consideração alem de colar e copiar textos alheios.

    Entretanto, acredito, por não deixar-me seduzir por esse caminho, caminho que talvez inspirasse a algum exaltado a abraçar o estilo, retirando todo o foco e concentrando o debate numa troca de acusações medíocres. E, em respeito ao leitor e a essa casa, vou procurar extrair o melhor desse adversário, debalde esses rompantes de imbecilidade que as vezes se apossa de sua inteligência privilegiada.

    Respondo que assisti ao vídeo e recomendo, trata da utopia e tragédia humana, a luta invencível do homem contra a sua degeneração, e, na completa impossibilidade de reagirmos diante da majestade de nosso destino.

    Esclarecedor e profundo, leva-nos a refletir e trazer para a esfera do que discutimos, o poder do pensamento enquanto mecanismo a frear o tempo e seus efeitos, coisa que revela-se a cada nova intenção, e investida, de total impossibilidade, conforme sequência.
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  8. Em respeito a casa e a meu adversário que elencou 4 possibilidades sobre as quais gostaria de ouvir considerações, passarei a fazê-lo, a saber:

    Situações (as propostas são repetitivas)

    Não existe coincidência, há possibilidade de duas pessoas residindo numa mesma cidade, gostando de Rock, se encontrarem num show eventualmente, mas não existe garantias de que isso ocorra, ou não. Da mesma forma, conhecendo alguém e seu mais íntimo estilo, outro poderá "prever" , anteceder a seus atos e reações, mas isso nada tem a ver com "pensar positivo", sendo nada mais que uma possibilidade logica.

    Para qual deus deverei dobrar meus joelhos? Ora, para aquele na qual está a sua fé estabelecida. Se, por ventura, for o Deus Cristão, assim seja, e, na mesma sequência a todos os outros. O fato de se voltar aqui para Deus e lá para Alá, não haverá de ser pressuposto para SER ou não, atendido. O que ocorre, e talvez seja essa a intenção do meu adversário, é que eu declare aqui a minha preferência, mas o que vale é o coletivo e não a inclinação específica de Big John.

    A força do pensamento não poderia virar a moeda na sugestão do GNU, de modo a favorecer ou desfavorecer, merce de pensamento interessado, e essa proposta é de uma ridicularização completa com o assunto, aliás, reputo como uma gozação do GNU atrelado num comentário infantil de um membro na puberdade física e intelectual, cujo nome não quero comentar aqui.

    Se Roger Scar fumava diuturnamente e, numa oportunidade decidiu-se pelo abandono do vício, o qual procedeu para sua salvação, quer dizer apenas que seu grau de dependência é diferente de outros. Há pessoas, Maradona por exemplo, que já gastaram fortunas em tratamento de dependência. E ela, dependência, costuma atuar nos planos físico, químico e psicológicos, de modo a atar o homem a um grau de escravidão de sua vontade.

    Alguns conseguem, outros, Maradona, Polegar, e etc,,,morrem tentando e não conseguem se livrar, mas a questão é puramente de saúde e não de ausência de um padrão mental, nada a ver com "força de pensamento.", aliás, não lhe parece estranha essa expressão? Porque atribui a alguém TER força de pensamento e a outros não?

    Bom, educadamente espero ter respondido as suas indagações. Mas vamos prosseguir.
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  9. Estou na fase de conclusão de minha réplica, e, confesso, insatisfeito com a superficialidade que estou conseguindo dar a esse tema, por isso vamos acelerar.

    O que, em nome de Deus, fará o tal pensamento positivo DE positivo além de consolar-me enquanto perseguidor de algum objetivo? Dizem os textos aos quais me detive nos últimos dias, ser de inegável concurso a nossa fé depositada naquilo que seja o nosso alvo, mas agora, questionando qual a valia disso tudo a luz da razão, vejo que isso é um despropósito sem nenhuma sustentação.

    Tenho jogado no chão as minhas convicções, vendo que esse universo, cientificamente, comprovadamente, é um celeiro de novidades para aqueles que diligentemente as pesquisam. Estamos nos aprofundando em conceitos sagrados, portanto, susceptíveis de abalar convicções de pessoas, mas, sou dono de comunidade de Nietzsche, logo, abalar convicções deveria ser algo com que eu deveria estar acostumado.

    Estamos no limiar de um duro confronto, as razões e motivações da fé, e na sequência, todas as considerações advirão de forma quase que natural. Sempre fui receoso do poder da palavra, quantas vezes e quantos problemas já não enfrentei por querer colocar uma venda nos olhos e nos ouvidos, diante de comentários eloquentes colocados no questionamento da fé humana, mas sinto-me abalado, presentemente.

    Todos os dias ao correr estou sempre cumprindo uma rotina diária imutável, nela estão contidas uma sequencia quase religiosa envolvendo, inclusive, todo um recital, um mantra by Big John para minha elevação cotidiana, superando obstáculos e trazendo uma luz que agora, diante das minhas próprias descobertas, vejo que procedem de outras origens.

    Como haveremos de conviver diante de tão expressa verdade que nossos pensamentos não tem absolutamente nenhuma condição de alterar NADA diante da imutabilidade da vida? Ou alguém que se atira do alto de um edifício, se coloca diante de um tiro, ou vê o próprio atropelamento, poderia fazer para a própria salvação?

    Na sequência, abordarei o que o pensamento poderá contribuir, positivamente, para minha saúde, vida e prosperidade, mesmo sabendo das limitações até então para mim desconhecidas. Passo a palavra para meu adversário, que ele a empregue com sabedoria e construção.
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  10. “Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras.”
    Reihold Niebuhr

    Quais são as coisas que podemos modificar usando nossos “poderes mentais”? O que são os sonhos? Poderiam eles ser portas para um outro universo, existente em nosso âmago inconsciente? Qual é o valor da oração? Qual a importância da fé? Somos senhores de nossa realidade ou escravos de nossas interações químicas, peças de um arcabouço físico? Essas são as reflexões que estamos propondo neste debate.

    Confesso que a réplica do Big John me surpreendeu. Apesar de dizer que gostou do documentário “Quem somos nós?” [1] e de ter elogiado o livro “O Segredo” [2], assim como sua autora, ao responder as questões que eu havia proposto, Big John usou a racionalidade de uma forma admirável. Se pude entender bem, concordo com todas as explicações que ele deu, perdoando meu tom infantilmente jocoso como coloquei questões tão sérias. Mas isso, na verdade, é um contrassenso. Afinal de contas, se é verdade o que esses documentários estão dizendo, então o Roger poderia controlar seu vício, assim como qualquer viciado pode. Além disso, o jogo do Gnu daria vitória certa para o grupo que mentalizou mais o resultado positivo. O filho do Big John teria maior chances de ter melhor prognóstico e os sonhos do Big John poderiam sim se materializar em verdades. Mas não foi isso o que o Big John disse acreditar e mostrou até uma dúvida que me pareceu extremamente saudável quanto a forma como encarou essas questões. Isso deve ser por que, se o Big John concordou com esses documentários, então não deve ter concordado com eles na íntegra. Se não foi este o caso, ele terá a chance de me corrigir em sua tréplica.

    Como na frase de Reihold Niebuhr que usei para começar minha réplica, eu também acredito que existem coisas que podemos mudar, assim como coisas que não podemos e diferenciar uma coisa da outra pode ser uma das tarefas mais traiçoeiras que existem. E igualmente importante, afinal de contas, nada pode ser mais importante na vida do que focarmos nossos esforços em tarefas que podem gerar alguma transformação, do contrário, além de desperdiçarmos nossos esforços em vão, perdemos tempo deixando de agir onde realmente seria importante. É importante que reconheçamos a profundidade dessa questão para que não nos precipitemos ao achar que o conteúdo que estamos analisando é raso.
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  11. Existem vários estudos [3] que mostram que a fé pode trazer vários benefícios terapêuticos. Existem inclusive evidências de que a emoção sentida durante a experiência religiosa é mediada pelo mesmo neurotransmissor que está frequentemente presente quando estamos apaixonados [4]. Isso é explicado pelo fato de que existe uma íntima conexão entre corpo e mente que está relacionada com o equilíbrio de todas as nossas funções vitais. Ações inconscientes como respiração, batimento cardíaco, controle de pressão arterial, motilidade intestinal e qualidade do conteúdo liberado no tubo alimentar são controladas pelo cérebro. A relação é tão importante que é evidenciada claramente em casos de gravidez psicológica que podem ocorrer em animais e humanos (minha cadela já teve e pude presenciar). Além disso, sabemos que o estresse pode alterar o prognóstico no tratamento de um número enorme de doenças, assim como potencializar o estado de morbidade.

    Levando isso em consideração, a oração do Big John para o filho que se acidentou seria extremamente eficiente para acalmar o Big John e até ajudaria mais o Big John se fosse ele o doente. As “vibrações energéticas” ou “magnéticas” liberadas pela mente do Big John, provavelmente não influenciaram no resultado, independente do deus que ele tivesse usado para barganhar favores, qualquer que fosse a promessa que pudesse fazer. Não é por que você promete pra Deus que vai deixar de fumar ou de bater na esposa que ele vai começar a ser mais legal contigo e limpar a sua barra quando você precisar. Se fosse assim, Deus seria um eterno carente por puxa-sacos. Mas pelo que vi, não é essa a posição que Big John parece defender.

    Thymothy Leary [5] dizia que somos responsáveis por programar nossos cérebros. Toda informação com a qual temos contato ao longo do dia, de alguma forma, deixa uma marca em sua linha do tempo mental que não pode ser apagada. Cada segundo que gastamos devotando nossa atenção para coisas que podem não ter importância alguma, é único. Propagandas de televisão e outros elementos da mídia ou da sociedade que nos cerca nos doutrinam a sermos escravos de nossas próprias vaidades, zumbis inconscientes repetidores de slogans. Para perceber isso, é necessário tentar imaginar como é sua vida sendo imaginada por uma pessoa fora do seu corpo, olhando por um outro viés. Por fim, é preciso abandonar todos os conceitos falhos que usamos para contaminar nossas mentes e abraçarmos o novo, que pode nos transformar. Somente assim podemos ser donos de nós mesmos e abandonarmos rotinas que podem nos ser maléficas, como vícios e maus hábitos. Mas a chance de vencer no jogo que o Gnu havia proposto vai continuar sendo 50%. Por que podemos mudar nosso humor por ter vencido ou perdido no jogo, mas não podemos controlar as chances da moeda cair cara ou coroa. Perceber isso é importantíssimo para que possamos nos sentir mais responsáveis por aquilo que ocorre conosco e também para que não nos sintamos eternas vítimas da realidade, pobrezinhos que só sabem sofrer ante as consequências tenebrosas do destino.
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  12. Mas é possível que existam “poderes mentais” que podem ir além desses apresentados pela nossa análise mais cética, Big John? Não estou me referindo a charlatões como Uri Geller [6], mas de coisa factível, como o projeto MKUltra, que foi um programa da CIA que realizava experimentos operacionais ilegais de engenharia comportamental em humanos entre os anos 50 e 70 [7]. Utilizavam drogas como o LSD, hipnose, privação sensorial, isolamento, abuso verbal e sexual, assim como várias formas de tortura. 80 instituições e 44 faculdades, assim como hospitais, prisões e companhias farmacêuticas. O filme “Os homens que encaravam as cabras” faz uma alusão a este programa, de uma forma jocosa, que gostei muito. Qual a sua opinião a respeito?

    Por fim, termino minha réplica com uma reflexão que irei aprofundar mais em minha tréplica. Por que sentimos tanta vontade de ter mais poder para controlar a realidade que nos cerca? Quais os malefícios em se achar que se pode controlar o incontrolável? Um abraço e até a próxima!

    [1] O Segredo
    https://www.youtube.com/watch?v=pYGE5aJ_xLw
    [2] Quem somos nós?
    https://www.youtube.com/watch?v=WDXFRvbe2VY
    [3] Estudos mostrando os benefícios clínicos da fé
    http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=faith+healing&btnG=&lr=
    [4] Ocitocina, a molécula do amor e da experiência religiosa
    https://www.youtube.com/watch?v=rFAdlU2ETjU
    [5] Timothy Leary, Como operar seu cérebro
    https://www.youtube.com/watch?v=MDxKoHUsbvY
    [6] Uri Geller, o charlatão
    https://www.youtube.com/watch?v=ycE863jRA9Q

    [7] Projeto MKUltra
    https://www.youtube.com/watch?v=dYON9mKMIGw
    [8] Os Homens que encaravam as cabras
    https://www.youtube.com/playlist?list=PL2440830B9845FB78
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  13. Tréplica #ByBigJohn

    E lá vamos nós apontados para uma fase onde as evidências daquilo que pesquisamos deve ser colocada para compreensão geral, bem como, nosso parecer pessoal enquanto pesquisadores daquilo que expomos.

    Na sua réplica meu adversário foi muito inteligente e lógico, fazendo de início, vários questionamentos aliados num embasamento filosófico de abrangência, aos quais, perspicaz, deixou para que eu declinasse sobre, o que faço prazerosamente.

    Temos ou não a capacidade de mudar um fato, uma tendência lógica usando a força do pensamento?

    Depois de mergulhar num quilo de artigos, trabalhos e conclusões, algumas de fundo cientifico, os quais, adianto, não marquei para "dar" como crédito ou fundamento de pesquisa, haja vista que vou falar da minha conclusão, tenho algumas observações:

    Não imaginava em absoluto que o assunto fosse me requerer tanto trabalho, mas boa coisa foi, descobri que depositava minha fé em determinadas práticas que nem sempre deram o resultado alardeado, e, por uma coincidência divina, muitas coisas também descobri em contrário, por exemplo, ideais de vida, sonhos imaginados com intenso realismo, situações almejadas inconscientemente, vieram a lume sem que eu demandasse nenhuma esforço especifico para tal caso.

    Ora, como isso é possível? Que força natural e desconhecida seria essa capaz de compreender a essência de meus mais íntimos desejos, levando-me, inconscientemente, para um destino sonhado? Como eu imaginava, não descobri uma resposta conclusiva, pior que isso, ninguém tem nenhuma resposta conclusiva sobre isso.

    Há, isso é comprovado, uma enxurrada de teorias com os mais estapafúrdios embasamentos, entretanto, quanto mais complexos são as justificativas, maior o trabalho necessário à sua compreensão. Então voltamos ao início de tudo, mas sabemos nesse ponto que há uma força desconhecida, independente, que, como a mão de Deus estendida sobre nossas cabeças, pode nos guiar pelas estradas dessa vida.
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  14. Para sustentar que os homens não encontraram provas suficientes de que é possível com o pensamento, modificar qualquer coisa, evoco uma situação de extrema simplicidade, não conseguimos controlar a degeneração que sofremos com a idade, embora canalizando qualquer tipo das "ditas" energias e todo o potencial do pensamento.

    Reagindo contra nossa vontade, nossa razão haverá de demonstrar que NÃO mandamos nem no nosso corpo, ele envelhecerá e se vergará para a terra pois esse é o destino indubitável do homem.

    O que poderemos fazer é, durante algum tempo, postergar algumas coisas com intervenções médicas, fármacos, práticas de saúde, e etc...entretanto, mais dia ou menos dia, a conclusão de que todos os esforços foi mero enfado da alma, será coisa óbvia.

    No tópico paralelo ao debate, colei o capítulo primeiro do livro de Eclesiastes, onde, o mais sábio dos homens, reclamava diante de sua impotência contra os fatos da vida. Na sua condição de sábio, Salomão, assumiu que toda a preocupação humana é vã, desprovida de um propósito concreto porque nosso caminho está traçado, independente de qualquer possibilidade de mudanças impostas por nós mesmos.

    Os caminhos alternativos, os esotéricos, as religiões, entre outros, são atividades paralelas que poderão agregar algum valor as nossas existências dentro de uma limitação consciente. Por exemplo, a PNL, o hipnotismo, as práticas orientais transcendentais, tem em comum a capacidade de acalmar a nossa mente, geralmente acelerada por fatores ligados a vida moderna. São vetores de auxílio com resultados inconclusivos.

    Diante de toda a certeza de que somos limitados enquanto geradores de pensamentos, resta a certeza que uma explicação maior ainda está por vir, e ela não está ao alcance das mãos do homem, onde estará?
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  15. Se o contrário de positivo é o negativo, assim, mantermos uma atitude de aceitação e altivez com nossos propósitos, é coisa necessária que demandará o sucesso ou fracasso em nossas iniciativas.

    Sim, é um paradoxo isso, mas nas obras que repassei, inclusive naquelas sugeridas pelo meu adversário, notei que o paradoxo se estabelece vezes sem conta, de modo que, no mesmo instante em que admitimos que o pensamento nada poderá incluir nas nossas decisões, de outra forma, sem a aprovação do nosso pensamento, todas nossas tarefas seriam um peso dobrado a ser carregado.

    Imagine o leitor se dispusesse a uma tarefa na qual seus pensamentos estivessem contrariando? Nossa vida, dessa forma, precisa estar norteada por uma direção que não reporto por positiva, mas aceita pelo nosso mecanismo consciente. Se aceitamos algo como verdade, será mais fácil conseguir lidar com isso, aceitando suas limitações e usando todo o seu potencial.

    Diferente do meu adversário não estou aqui colando fontes de referenciais que emprestasse crédito adicional as minhas palavras, também não colei nada de ninguém, haja vista que estou nesse debate não para vencê-lo com a habilidade de um estrategista, mas questionar-me, contando com a colaboração prestimosa do meu adversário.

    Ele, ocupado em demonstrar que está abalizado por um determinado estudo, elenca endereços no que registro o meu aplauso, mas não farei isso, tendo para mim que o que me importa não é convencer aos leitores sobre a minha estratégia, mas naquilo que pude trazer de questionamento, usando minhas próprias palavras e referencias.

    Um dia, essa comunidade começará a julgar o conteúdo, e nesse dia, quem registrou suas impressões com tamanho detalhe haverá de receber o digno crédito. Finalizando essa tréplica, considero que o pensamento alinhado ao objetivo é uma ajuda fundamental para o sucesso de uma empreita, para uma vida mais saudável e feliz, entretanto, sua utilidade fica restrito a tais limitações, entre outras de mesma redundância, tudo o que exceder a isso, estará contado entre as fábulas e folclores envolvendo artimanhas charlatãs.
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  16. Big John nem dormiu aquela noite. Ficou esperando ansioso pela resposta do Chico Sofista, enquanto relia o debate e se emocionava com tudo o que tinha refletido até ali. Afinal de contas, o que ele havia prometido, logo no começo do debate, não seria algo nem um pouco simples, suas palavras foram muito claras, no mínimo uma dúzia de falsas esperanças e juízos comprometidos terminariam com este debate. Neste intervalo, Big John pesquisou, leu, assistiu e assistiu de novo documentários, relembrou tudo o que já viveu, inclusive seus sonhos e aquilo que conseguiu conquistar em sua vida e se emocionou com tudo aquilo. Até os exemplos jocosos conseguiram, sem querer, trazer à tona lembranças, por vezes dolorosas, do fundo do seu peito. E só de imaginar aquelas situações novamente, o estado emocional do Big John alterou-se completamente e fez com que ele lesse todo o resto do texto, com olhos completamente diferentes. É como naquelas situações onde alguém te faz um elogio, mas termina a frase com uma crítica. Tudo o que veio antes da crítica é imediatamente esquecido. Eu acredito que isso acontece por que nosso estado de humor (que é a expressão mais íntima da forma como vemos o mundo) é mediada por eventos químicos que ocorrem a todo instante, dentro de nossas mentes.

    Assim, começo minha tréplica, fazendo uma simples demonstração textual de como ocorre o processo hipnótico, na prática. Quando imaginamos uma situação que não ocorreu e possuímos os mecanismos mnemônicos para construir um ambiente enriquecido dentro de nossas mentes, que nos faça lembrar como é se sentir em diferentes situações, ativamos no nosso cérebro áreas parecidas com aquelas que são realmente ativadas quando estamos realmente vivenciando a situação. De alguma forma, o evento imaginado realmente está acontecendo dentro de sua mente, seja quando revê um álbum de fotografias, ou quando lê um conto nosense do blog do Alonso que usa a gente como personagem. Mas para algumas pessoas, imaginar a situação pode parecer um evento muito mais traumático do que para outras, por infinitos motivos.

    Segundo sua palestra no TED, James Flynn [1] afirma que uma das mais notáveis diferenças entre as novas gerações e as antigas é que as novas gerações possuem uma maior capacidade de se adaptar e conviver com familiaridade com situações hipotéticas. A maioria das pessoas mais velhas não acha lógico imaginar coisas que lhes parecem mais improváveis, quando, aparentemente aventuravam-se mais a viver em pensamento situações que violavam um pouco mais o limite das probabilidades, mas que não deixavam de parecer possíveis. Se compreendi bem o conteúdo de sua réplica, Big John, antes de terminar o debate, você já afirma ter terminado com falsas esperanças e juízos comprometidos. Só por isso, considero-te vencedor, pois tenho certeza que não deve ser nem um pouco fácil para alguém como o senhor mudar de ideia em relação a algo no qual refletiu ao longo de toda a sua vida e sempre buscou se aprofundar na literatura para tentar descobrir quais foram as melhores respostas que as pessoas chegaram até agora para as perguntas mais fundamentais de nossa existência, repito-as: Quais são as coisas que podemos modificar usando nossos “poderes mentais”? O que são os sonhos? Poderiam eles ser portas para um outro universo, existente em nosso âmago inconsciente? Qual é o valor da oração? Qual a importância da fé? Somos senhores de nossa realidade ou escravos de nossas interações químicas, peças de um arcabouço físico? Por que sentimos tanta vontade de ter mais poder para controlar a realidade que nos cerca? Quais os malefícios em se achar que se pode controlar o incontrolável?

    1. James Flynn – Por que nossos níveis de QI são mais altos do que dos nossos avós.
    https://www.ted.com/talks/james_flynn_why_our_iq_levels_are_higher_than_our_grandparents
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  17. Eu passei minha adolescência toda querendo ser um astro do rock, tipo aqueles que a gente só vê em documentários, mas que nunca são exatamente reais. Como sempre gostei de música, por um grande período, quis do fundo do meu âmago ter uma banda que fizesse sucesso, com a qual eu pudesse tocar em diferentes partes do mundo, divulgando o resultado do meu processo criativo. Além disso, queria ter publicado alguns contos meus e até uns livros que comecei a escrever e nunca terminei. Eu queria ser uma mistura de Jimmy Hendrix, que tocava, cantava e ainda produzia, com Stephen King, que tudo o que ele escreve vira filme ou série de televisão e mesmo que ele não tenha nada a ver com o assunto, só de estar com o nome entre os produtores, faz o produto se valorizar. Mas nada disso aconteceu. Talvez eu não seja tão bom músico ou escritor quanto achei que fosse em minha infantil imaginação. Talvez meu sonho estivesse longe demais da realidade, como você colocou. Talvez eu seja um fantoche e as cordinhas que me controlam não sejam elásticas o suficiente. Ou então, talvez tudo isso seja uma imensa mentira.

    Somos nós quem colocamos propósitos nas coisas, ações, situações. Eles nunca estariam ali se não fosse a gente para tentar provar como as cordinhas da existência são puxadas. Quer dizer que quem tem um sonho mais possível, próximo de sua situação, como se casar e ter filhos (que é o destino da grande maioria), então os agentes cósmicos que governam a existência serão mais bondosos com ele e lhe presentearão com a felicidade, enquanto aqueles que nunca se conformarem com a realidade com a qual são obrigados a viver serão sempre premiados com a frustração, por jamais conseguirem concretizar seus sonhos por não terem sido projetados para isso, se não pela vontade de algo que jamais poderá se concretizar. Será que esses músicos maravilhosos que são vistos tocando nas ruas e cujos vídeos emocionam milhares de pessoas no you tube são mentalizadores fracassados que não conseguiram materializar seus desejos por que não escolheram certo o que desejar?

    O fato é que é muito fácil continuar achando que se está certo usando um argumento como este, pois exemplos não vão faltar de pessoas que queriam alguma coisa e realmente conseguiram obter o que queriam. O que não podemos esquecer é o imenso número de pessoas (se não a maioria) que vai passar toda a sua vida sem concretizar seus mais ardentes sonhos, seja por terem uma imaginação fértil demais e procuram o inalcançável, ou por que não tiveram a sorte de nascer com os atributos que o fariam conquistar com as quais sempre sonhou. Exatamente por isso, é muito fácil de vender toda essa pseudo-ciência travestida de auto ajuda presente nessas literaturas que tentam doutrinar as pessoas na ideia de que é algo errado estar inconformado, sentir-se triste ou irritado com algum aspecto da sua vida ou por alguma observação da realidade que nos cerca. Não estar pensando positivamente parece um pecado, ser visto como pessimista é um sinal de mau agouro. Minha avó dizia que este tipo de gente fazia as plantas morrerem lá em casa quando iam nos visitar.

    Nietzsche [2] acreditava que todos os tipos de sofrimento e fracasso deveriam ser bem vindos no caminho para o sucesso e vistos como desafios a serem superados, como os alpinistas fazem ao subir uma montanha. Nesta visão, os infortúnios são vistos como algo bom para vida, essenciais para nosso aprendizado e desenvolvimento pessoal. Dizia ele “A todos as pessoas com as quais me importo, eu desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados”. Se eu dissesse que desejo tudo isso a você, nobre amigo, conseguiria ver tudo isso com bons olhos?

    [2] Nietzsche e o sofrimento
    https://www.youtube.com/watch?v=7NjSxtG9PLA
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  18. No filme “Os homens que encaravam as cabras”, que indiquei anteriormente, uma agência dentro do governo mantinha experimentos comportamentais com soldados, drogando-os com alucinógenos e verificando se seriam capazes de aumentar seus poderes mentais. Em uma cena do filme, um ex-militar que fazia parte desses soldados, bate o carro por que estava treinando movimentar as nuvens com a força da mente, tarefa fundamental para os Jedis, como eram chamados os participantes dessa tropa de elite, que era capaz de derrubar cabras com a força da mente. Com um exército poderoso como este, imagine como seria a guerra entre os Palestinos e Israel? Não precisaríamos de bombas, quem mentalizasse a morte do outro com maior poder de concentração levaria à morte do exército inimigo. Os soldados realmente acreditavam ter esses poderes, por que vivenciaram eles funcionando, principalmente quando estavam sob o efeito das drogas.

    Mas uma análise mais profunda nos leva a um nível de interpretação da história deste filme que muita pouca gente pensou. Todos nós estamos, o tempo todo, sob efeito de drogas. Sejam elas nossas drogas endógenas, produzidas pelo nosso próprio corpo, seja pelas drogas produzidas a partir das inúmeras substâncias que ingerimos, drogas alimentares que entopem nossas veias, substância viciantes que alteram o equilíbrio de nosso organismo, agentes farmacológicos para quase qualquer tipo de reclamação que você possa ter, frio, calor, tédio, ansiedade, nervosismo, constipação, resfriado, nariz trancado, depressão, coceira, gengivite, pouco peso, muito peso, cabelo, unha, dedo...

    E quase todas as pessoas acabam formando em seus cérebros as misturas que são mais convenientes, principalmente para seus líderes políticos. Inconformismo e pensamento negativo nunca estiveram associados com boa coisa. Foi assim que aconteceram todas as mais sangrentas revoluções, caíram os mais violentos líderes e reergueram-se os mais fanáticos genocidas, todos eles com firmes propósitos em suas mentes, fiéis aquilo que perseguiam. Hitler teve que ser alguém extremamente determinado para conquistar tudo o que queria e só conseguiu por que despertou no povo alemão um senso de otimismo de que as coisas iriam melhorar, iriam vingar a segunda guerra, restaurar a dignidade do povo alemão fazer o melhor possível para criar os melhores seres humanos neste planeta, com as raças mais puras e eficientes.

    Negativistas sempre foram de uma forma ou outra censurados, principalmente por aqueles que estão sempre mais satisfeitos com as coisas do jeito que estão e tem medos de mudanças. Você viveu melhor a época em que vários músicos brasileiros tiveram que fazer com que o conteúdo de suas letras se tivesse que ser interpretado, pois críticas abertas eram sumariamente excluídas. Épocas de censura, repressão e tristeza geral, entretanto, são as épocas de maior produção intelectual e principalmente artística. Nos momentos onde as pessoas estão vivendo maiores privações, suas emoções parecem estar mais a flor da pele, e as mais belas produções artísticas podem ser produzidas [3]. Com esta reflexão, termino minha réplica recomendando um musical que tem tudo a ver com este último argumento que levantei. Para os amantes de música, deliciem-se:

    [3] Os miseráveis
    https://www.youtube.com/watch?v=AC_TgMInLlk
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  19. "...e perguntaram a Conan qual era o seu prazer na vida, e ele respondeu, esmagar o meu adversário e ouvir o pranto de suas mulheres,,,"

    O que estamos fazendo aqui?
    Essa não é uma casa de debates onde disputamos a vitória?

    Então porque o meu adversário escusou-se, escancaradamente, de se aproveitar da via atapetada que, convenientemente, deixei a seu dispor em minha tréplica, aguardando apenas atrás desse toco para explodir sua mentira inconteste?

    É o que esperava e o que todos os tradicionais buscadores de resultados de enquete não perdoariam, então o que esse debate teve de diferente capaz de mudar o instinto de caçador de Chico Sofista? Diga-me amigo leitor, pois eu, como você, também não estou entendendo nada.

    Para começar eu deveria defender a corrente do livre pensamento como agente de mudanças, lembra-se? Sim, eu estava correndo, ouvindo músicas, meditando no que havia construído ao longo da vida como um sonho utópico inconsciente, para o qual não havia dispensado nenhum esforço exclusivo, e dizia eu ao meu coração, tudo o que imaginei se fez.

    Dessa conclusão colocada em um tópico, levantou-se o Chico Sofista para provar-me o contrário, mas, se você ler o debate com alguma atenção, vai notar que não houveram esforços de nenhuma das partes em fazer predominar um ponto de vista, antes, partilhar convicções e descobertas, logo, estaríamos nós diante de um novo tempo nos debates?

    O que é ainda pior para as convicções da casa, desistiu-se da vitória antes sequer de se começar o debate, durante o debate, abdicando de oportunidades claras de desapego à estratégia, e, ao final do debate, declarando-se e creditando-se a vitória ao adversário em ambos os casos.

    O que está havendo? Seria a vitória no sentido conhecido pela casa um sinônimo de resultado que na verdade denota o reflexo de técnicas que não coadunam com o exercício escrito da verdade ?

    A vitória escancarada, esmagadora, tipo alemã, torna-se a expressão do pecado e do escárnio, comprometendo a ética e a busca da razão. É o que se me afigura com todo esse início, meio e fim. Essas serão as minhas considerações finais.
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  20. Comecei defendendo a corrente de que o pensamento é uma ferramenta de realizações improváveis, meu adversário acaba de fazer a sua tréplica assegurando com as mesmas fontes pelas quais naveguei, que de fato isso procede, ou seja, concordamos ao longo de todo o debate, sem divergências extraordinárias muito menos ataques convencionais.

    De meu lado também não haverei de fazer causa do estilo desarmado a que se lançou nesse debate, deixando oportunidades para as quais haveria um milhão de motivos para bombardeá-lo inclemente, contudo, não me sinto a vontade para tal, vou, como ele, dizer que os sonhos embalam as nossas vida. De fato idealizei que gostaria de quatro filhos e tive quatro filhos, exatamente conforme imaginei, dois casais alternados.

    Imaginei que o ideal era ser um cara forte, adestrado nas artes da guerra, e tornei-me nisso, um sujeito com mais de 40 anos de múltiplas academias, sempre atuando num determinado setor da vida profissional, armado, conservando uma saúde de ferro baseada em bons costumes e práticas esportivas diversas.

    Imaginei que seria bom que meus filhos não mantivessem vícios, e eles não tem nenhum, ao contrário, como eu herdaram o gosto pela música clássica, e, graças a Deus, todos aprenderam a ler partitura e foram ainda mais longe, em instrumentos clássicos e populares.

    Tive o prazer em vida de ver alguns filhos brilhando nos caminhos em que eu apenas me permiti a limpar à foice, por exemplo, no filme que postei, no show de rock onde um dos meus filhos brilhava numa guitarra, convertido que foi ao Rock depois da música Mister Crowlin by Budokan, com Ossy.

    Também em centros esportivos defendendo o estilo de combate ao qual abraçou, senão por prazer mas pela herança genética de prosseguir do ponto em que eu havia estacionado. E como prosseguiu.

    A casa é espaçosa e tem compartimentos destinados a abrigar cada necessidade, tudo, exatamente tudo como imaginava, do carro a moto até a bicicleta necessária ao lazer, nada escapou de ser realizado e eu nem tenho o menor plano de me despedir dessa vida.

    O fato de estar aqui a tantos anos, discutindo e me aperfeiçoando, diante de adversários milenares que me obrigaram ao estudo, tudo isso foi coisa programada por alguém em algum estágio do universo, para minha evolução. Mas discutimos pensamento positivos ou religião?
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  21. Vamos para o final

    Parece haver para tudo um propósito e um tempo, conforme disse o Salmos, não conseguimos adiantar o tempo por mais que alguns se esforcem, tudo tem o momento certo e programado para vir a tona. De forma que nosso pensamento, apontado e direcionado para um objetivo, é sim, uma ferramenta importantíssima de sinalização de tudo aquilo que queremos.

    O pensamento sozinho vai ser impotente para trazer, concretizar essa vontade, MAS, imperativo na sua realização. Logo, é fundamental na nossa vida. Vai lembrar as necessidades para se galgar cada estágio, superar cada dificuldade, dia a dia, ação a ação.

    Assistindo a um filme à respeito que colei no tópico, filme esse estrelado por Will Smith, ele contava que aos 12 anos seu pai ordenou que ele e um irmão de 9, construíssem uma parede, um muro enorme numa das propriedades da família, não dando maiores informações sobre COMO deveriam executar semelhante atividade.

    Empregando inconscientemente o desejo dessa realização, dois anos depois a obra estava concluída. Isso aconteceu com um conhecido aqui da minha região, homem rico com dois filhos jovens aos quais julgava indolentes, comprou uma rua inteira recém aberta, e ordenou que seus dois filhos construíssem casas para aluguel, o que deveria mantê-los no futuro.

    Bestificados diante de tão singular proposta, ambos os irmãos a ela se jogaram de corpo e alma, nada reclamando nem discordando da injustiça desalmada contra eles, hoje, uma década depois, estão disponíveis para atestar a validade da experiencia, além de donos de 16 casas populares uma na frente da outra, são exímios construtores, proprietários de uma empresa com mais de 50 profissionais agregados.

    Nada é por acaso, voltamos aos chavões religiosos inquestionáveis.

    De que lhe serviu esse debate e o que aprendeu com ele?

    Lanço essa pergunta e imagino uma diversidade de respostas, e as motivações de tais respostas. Aquele que se apura com atenção nos detalhes da vida, para tais esse debate deve ter atingido profundo suas convicções, outros, infelizmente, não conseguindo profundidade na análise dos fatos, haverão de condena-lo mostrando apenas os pontos inaproveitados por um e outro lado.

    De minha parte quero agradecer a oportunidade, quero agradecer meu adversário pela sua postura que nada teve de sofisma, permitindo que minhas experiências compartilhadas, pudessem dar a luz a uma nova razão, serem consideradas como alternativas para uma mudança e de uma nova era.

    E se tais convicções serviram a uma só alma, já me considerarei vitorioso.

    Obrigado. 
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  22. Não importa a impressão que você tenha tido do debate, Big John, se você realmente leu alguma coisa do que eu disse, vai entender quando eu disser que, para ti, eu desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados. Eu quero muito que você perca na enquete, mas que as pessoas sejam francas contigo e digam sinceramente como é que você poderia fazer uma melhor argumentação. Todos poderiam muito bem chegar ali, rasgar-te os mais lindos elogios da forma mais sarcástica possível, que você, em sua eterne vontade de sempre ver o lado bom das coisas, iria abraçar tudo tão alegremente, que não perceberia que estavam passando a mão na tua bunda e te chamando de mané, se é que pode perdoar meu linguajar infantilmente jocoso.

    Eu confesso que acho chato pra caramba quando o cara debate copiando e colando tudo o que o outro disse pra poder rebater, no estilo daquele tão de Conde, que entrou em nosso grupo. Fiz umas citações do Big John na introdução de forma ilustrativa, para tentar prever como ele responderia as questões que eu coloquei, e como não podia deixar de ser, lá vieram as reclamações do meu adversário, dizendo que eu havia sido desleixado e feito uma introdução onde eu só havia escrito a metade. A intenção dele? Evitar que eu ficasse tentando procurar contradições no discurso dele, o que tornaria o debate um embate, algo do que ele estava fugindo desde o início.

    Mas vejam como ele começou tudo isso:
    Big John –
    “Meu Deus, está configurado a questão da atratividade?
    O pensamento positivo e os caminhos esotéricos TEM finalidade?
    Como destrinchar a verdade atrás de tantas portas?
    O livro Segredo não é uma utopia oportunista?
    Aquilo que imaginamos firmemente no nosso coração e pensamento, realizar-se-à ou isso é uma fantasia sem sustentação?
    Convido debatedores sérios para aprofundar esse tema, leis da mente, desvendando os caminhos envoltos na bruma da fantasia e da realidade, ambas escondidas nos recônditos de nossa imaginação.”

    Chico Sofista:
    Não acredito nisso não. É muita prepotência achar que o universo vai se modificar só por que a gente quer muito. É triste, mas a realidade é indiferente aos nossos desejos. Tudo o que podemos mudar é o nosso comportamento e agir para fazer as coisas acontecerem. Se não fosse o BJ ter se esforçado pra isso, não teria a família que tem, nem a moto, nem a pista de corrida, nem nada. Fique querendo e esperando as coisas caírem do céu para ver se elas vão se materializar em sua frente... kkk

    Big John:
    Burrice estupenda é uma critica desprovida de razão Francisco Bernadone e Alonso idiota prado, foi de uma simplicidade íntimimista deplorável à conclusão a que chegaram. É claro que essa superficialidade nas vossas analises , revelam a situação deplorável de ferramentas nesse sentido, por isso mencionei uma lista de pessoas, as quais certamente, conseguiram com o estudo superar o estágio básico da contestação por princípio na qual ainda permanecem atrelados.

    Chico Sofista:
    Ah, sim, BJ. Tá certo. Ma veja, não te critiquei, só sua ideia. Já viu aquele documentário "Quem somos nós?", Ele defende exatamente essa bobeira aí. E aquele livro "O Segredo" é um lixo de auto-ajuda da mais alta categoria. Se quiser, podemos fazer um duelo oficial sobre isso. Tenho poucas certezas na vida, uma delas é que eu não sou o senhor do universo e muito menos você, que pode muito bem ser uma alucinação minha... kkk

    Big John:
    Aceito o desafio, abra a enquete e ataque aquilo que defenderei. E, por favor, exerça aquela conhecida competência. Você sera um importante divisor de águas no sentido que eu mesmo não venha nele mergulhar de cabeça, mas, o oposto também poderá vir a ocorrer, ,

    Foi assim que começamos este debate, o tópico ainda está lá no grupo para conferirem. Agora que estamos terminando o debate, você ainda pode responder no tópico da enquete, Big John. Por que a crítica totalmente desprovida de razão que eu fiz é uma burrice estupenda?
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  23. O Big John, lê o debate sem entender nada. Por que o amaldiçoado sofista estaria fazendo aquilo? Afinal de contas, ele não havia sido tão bonzinho com ele? Tinha sequer usado alguma metáfora para dizer que ele estava perdendo no debate, como se o simples fato dele dizer que está com bota enfiada em sua cara, fizesse com que realmente estivesse em situação de superioridade. Percebe, Big John, que você sempre usou uma das técnicas da hipnose em seus debates sem talvez nunca ter se dado conta disso? Muita gente deve ficar genuinamente irritada quando você as faz imaginar as histórias que conta, colocando-as em situações de humilhação, como se isso fosse suficiente para vencer o debate. Como muita gente ficava puta e fazia algum escândalo, com frequência, você parecia sair por cima, falando elegantemente, com este desenho de Viking, em cima do cavalo, conquistando todas as dulcinéias fakes de homens barbados nas caladas da noite da internet.

    Pois é mais ou menos isso o que vai acontecer aqui quando você ler eu dizendo que enfiei a sola da minha bota no fundo da sua goela, rasgando sua garganta quando eu apontei todas as suas contradições neste debate, e pior, contestei tudo o que você disse, sem que você percebesse que eu estava contestando, dizendo até que eu cheguei “desarmado”. Quer dizer que se eu não disser que esfreguei sua cara no chão e depois taquei álcool por cima não posso destruir com sua ideia, simplesmente argumentando em cima das colocações que você fez? Você percebeu que você mandou suas considerações finais sem ao menos terminar de ler a minha tréplica, onde eu simplesmente mostrava toda a base da contestação do seu raciocínio? Como é que você poderia dizer que continua achando intrigante o fato de tudo o que você ter sonhado acontecido, mesmo depois de parar de elogiar “O segredo” (mesmo sem ter feito nenhuma crítica direta ao mesmo, no final das contas). Afinal de contas, você está seguro do seu posicionamento, Big John?

    Ou será que precisa de uma bolacha na orelha para aprender, da mesma forma que aconteciam com os mais teimosos no quartel, em sua época de soldado raso. Não sei. Só sei que se você realmente leu a minha tréplica, saudoso amigo, vai entender por que escrevi tudo isso. Em primeiro lugar, essa foi minha forma de te provar que essa história de que pensamento positivo atrai apenas coisas positivas é uma tremenda de uma balela. Afinal de contas, se isso fosse verdade, seus pensamentos positivos teriam atraído considerações finais lindas como o pote de ouro no final do arco íris. Mas não, lá estava ele, o demônio, Chico Sofista, a vomitar aqueles impropérios maledicentes, empesteando com vermes um debate que estava saindo tão bonitinho.

    Se você está realmente entendendo o que estou dizendo, entenderá que, na verdade, ao te responder assim, estou te considerando alguém importante, afinal de contas, como o Alonso, eu plagiei de Nietzsche as primeiras linhas dessas considerações finais, que desejava tudo aquilo a todas as pessoas com as quais ele se importava em sua vida. É preciso ter ao menos algum nível de preocupação com a pessoa para se importar se ela está realmente entendendo o que você está dizendo. Assim como você demonstrou por mim ao reclamar sucessivas vezes do meu texto, dizendo que tinha muitas citações, quase sumi com elas nas partes seguintes e até o fato de ter referências foi criticado, motivo pelo qual diminui para 3 na tréplica e nenhum até agora, em minhas considerações finais. Mas só para contrariar novamente, mostrando que o futuro é incerto, vou postar uma referência que explica o motivo pelo qual Big John terminou este debate sem ter compreendido a totalidade do que eu disse.

    http://sociedadealternativadeletras.blogspot.com.br/2014/08/automatismo.html
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  24. Você tem todo o direito de me odiar e de vociferar impropérios durante a enquete, nobre amigo. Mas pode tentar procurar entender onde é que um retardado como eu também pode ter razão. Mas em todos esses anos debatendo na internet, confesso que nunca vi Big John mudar de ideia uma única vez em minha vida, seria sensacional demais se mudasse, num tema tão importante quanto este que estamos debatendo. E isso é normal, como eu disse na minha tréplica, é muito mais difícil para as pessoas mais velhas mudarem seu posicionamento do que pessoas mais jovens. Lembre-se que o Patrick virou mórmon e o Octávio virou reacionário conservador. Até o bode que não é tão velho assim, deixou de ser Olavete e o Roger um dia foi comunista. Mas o Big John é um ser que muda muito pouco, mas é sempre divertido.

    A minha recomendação? Três baseados e três apresentações do vídeo do Timothy Leary que recomendei e você disse que concorda, por que já tinha pesquisado a mesma literatura. Se não der certo, escute o Sargent Peppers Lonely Hearts club band com dois pedaços de papel embaixo da língua. Caso sobreviva, talvez tenha levado às transformações químicas necessárias para abrir portas para o novo dentro de sua mente. Aliás, o sistema canabinóide, que é ativado com o uso da maconha, é o mesmo que se ativa quando estamos aprendo algo novo, reconfigurando nossa mente.

    Quer entortar colheres como Uri Geller? Achar que está movimentando nuvens com a força da mente? Acreditar que vivemos uma imensa conspiração comunista infiltrada em todos os aspectos da sociedade com a única finalidade de destruir os valores cristãos? Acreditar que átomos não existem ou que a teoria da relatividade está errada, a melhor explicação está nos fetos abortados girando em torno da terra, junto com todos os outros astros, em mar de sombras do universo gigantariano? Entrar em um vídeo game muito louco, simulando Matrix, misturado com Harry Potter e Goonies (O Alonso é o Slot)? Ler “O Segredo” e achar SUPER inteligente? Tome um ácido meu amigo, qualquer coisa pode fazer sentido. Basta querer acreditar muito nela.

    Como se o fato de eu acreditar ser o melhor debatedor do mundo, pintudo e fodíssimo, instantaneamente fizesse disso uma realidade. Só em minha fértil imaginação. E como imaginação é mais importante que conhecimento e Richard Feymann postulava que infinitos universos são possíveis, se a teoria da superssimetria estiver correta (e o fato de encontrarem o bóson de Higgs é um indício que está), então existem infinitos lugares onde o pensamento positivo realmente atrai apenas coisas positivas. Infelizmente, não parece ser o universo em que estamos debatendo. Uma prova disso é que muita gente fez o experimento do Gnu que eu sugeri na minha introdução. A conclusão é esta que chegamos. Não importa o quanto você queria que a moeda caia cara, a chance dela cair coroa, é sempre 50%, por que há coisas que podemos e coisas que não podemos interferir.

    E você teve muita sorte de ter conseguido realizar seus sonhos, mesmo que a lei da atração não tenha nada a ver com isso. Se tivesse, todos esses estudos estariam errados...

    http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=coin+experiment&btnG=&lr=

    Mas é isso aí. Eu tinha planejado considerações finais completamente diferentes. Mas como ativei meu sistema canabinóide antes de começar a escrever, e flui influenciado por aquele vídeo retardado que eu postei no grupo, resolvi fazer algo completamente diferente e quiçá, mais didático, se a pedagogia Nietzscheana estiver correta. Por isso, eu torço do fundo do meu coração que você perca, e que sofra Big John, para que possa crescer e aprender com o próprio sofrimento.

    Levantou-lhe a face avermelhada por bolachas, cuspiu em seus olhos abertos, enfiando o bico da botina na nascente de seus fundilhos. Por que isso o faria crescer. E como diria aquele velho ditado chinês, amaldiçoada seja a figura do desgraçado,

    Chico Sofista.