sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Big John X Chico Sofista - Nietzsche

§1 - Cada debatedor tem direto a no máximo 3 postagens (de 4096 caracteres cada uma) por participação - QUE DEVERÃO SER UTILIZADAS DA MELHOR FORMA POSSÍVEL POR CADA UM DOS DEBATEDORES. 

§2 - Os debatedores DEVERÃO fazer 4 participações intercaladas por duelo:considerações iniciais, réplica, tréplica e considerações finais. 

§3 - O prazo regulamentar entre as participações dos debatedores é de 3 dias. Todo adversário tem o direito de estender o prazo de seu oponente. Após o prazo, será declarada vitória por W.O. para o duelista remanescente. 


§4 - Após o duelo, o vencedor será escolhido através de votações em enquete.

15 comentários:

  1. Bom dia a todos.

    Porque Nietzsche? Poderíamos estar falando de qualquer centena de nomes dos mais expressivos autores do pensamento humano, entretanto, nos curvamos a um autor em específico. Pensando um pouco mais noto que fui além, trata-se do único autor pelo qual meu interesse justificou uma busca quase completa de tudo quanto há em meu idioma. Claro que não consegui chegar sequer na metade do caminho no qual prossigo na minha força.

    E, como outros itens para os quais tive interesse, constitui um grupo de estudos sobre o assunto, e, para cada uma das mais de três mil almas cujo ingresso autorizei uma a uma, tive, necessariamente, que ler o nome de Nietzsche como razão de ser daquele pedido de ingresso.

    Logo, segundo a PNL, venho sofrendo por livre vontade uma completa mudança de pensamento a luz da filosofia de Nietzsche. Mas ainda não tenho uma resposta conclusiva sobre nada e, para falar a verdade, diante de cada interrogação, me vejo num precipício para o qual sempre haverá uma referência anterior dada pelo autor em questão, nem sempre compreendida por mim em sua essência.

    O cuidado com os ensinos nos obriga à uma servidão paradoxal. Não é fácil professar a verdade insofismável de um pensamento contrariando-o com atitudes antagônicas. Nietzsche era contrário à verdade, debochava dela, balançando-se numa corda de múltiplas possibilidades. Autor erudito, complicado de ser absorvido, homem de posições fortes e firmes, marteleiro de verdades que ainda hoje reverberam sobre nossos ouvidos. Sobre esse nome é minha aposta.

    Diferente de todos filósofos conhecidos, Nietzsche rompeu uma tradição, não prosseguindo o ensino de nenhum pensamento pré-estabelecido, antes, questionando tudo até a filosofia, contrapondo-se de uma forma cabal a tudo quanto fosse conhecido.

    "Verdade para quem?"

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  2. O leitor de vista acurada começa perceber a razão da minha escolha, Nietzsche, um mergulho profundo na alma desse autor controverso. Pois bem, todas as vezes que nos propomos a um debate, sabemos por inúmeras experiências anteriores, que somos obrigados a buscar ainda mais e mais informações sobre aquilo sobre o qual haveremos de debater.

    Como me interesso sobremodo por esse autor e, conhecendo meu adversário de longa data, sou sabedor que o mesmo haverá de tecer os ardis necessários de modo que eu venha ser questionado sobre vários aspectos. Isso é bom é o que espero, e a minha livre escolha em aceitá-lo revela minha disposição nesse enfrentamento. "Ter fé é dançar a beira do abismo".

    O que buscamos eu e meu adversário? O que pretende um leitor de tantos caracteres desse xadrez intelectual demarcado sobre um fato histórico dito e reconhecido? Claro que é o conhecimento, detalhes eventualmente ocultos, bem como a técnica de cada um dos lados em defender suas idéias. E eu me satisfaço sobremaneira nesse exercício.

    Por que razão Nietzsche tornou-se nesse ícone? É uma pergunta que deixarei para meu adversário, sei que seu nome é uma referência obrigatória no conhecimento humano, sei que trata-se de um vendedor de primeira categoria, acima de qualquer outro nome conhecido, Nietzsche é o maior sucesso de marketing conhecido.

    Morto a 114 anos, havendo alguns escritos seus servido, teoricamente, como base para a formação do pensamento nazista, havendo sobre isso uma polêmica que ainda prossegue, Nietzsche, em outros espaços, contrariando a visão cristã da misericórdia, piedade, pobreza e fraqueza diante da vida como ato meritório,da vitória do futuro contra a miséria do presente, demolia ídolos e se professava em dinamite.

    Quais os frutos de sua pregação? O que temos no presente do pensamento de Nietzsche na sociedade do século 21? Temas interessantes para meu adversário navegar com a destreza de uma caneta sagaz. Assim espero.

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  3. Louco, abandonado aos cuidados de uma irmã, preterido pela mulher amada que o trocou por um amigo, odiando amigos anteriores com os quais partilhou anos de sua vida como Richard Wagner e Arthur Schopenhauer, imaginando-se numa fase final o próprio Cristo, Nietzsche veio a morrer com 55 anos, suspeito de haver contraído sífilis. Um destino cruel para um homem revolucionário. há quem diga que semelhante final foi uma paga merecida por profecias como "Deus está morto".

    Entretanto, mais que Maquiavel e Sun Tzu, fortes concorrentes que teimam em frequentar as salas de aulas nas mais renomadas faculdades, as estantes das prateleiras de todas as livrarias, pensamentos que insistem em produzir filmes, livros, novelas, videos e etc...Nietzsche prossegue assombrando incautos com posições de extrema exequibilidade.

    "Não ouse perturbar muinha solidão se não puder ofertar-me nenhuma companhia", como nos calarmos diante desse martelo a mostrar o quanto é nosso servilismo diante das normas sociais impostas e herdadas?

    Lembro de Sérgio Cordela indagando-nos sobre como treinamos elefantes, ensinando-nos que deveríamos amarra-lo à uma árvore por longo tempo, depois, deveríamos amarra-lo numa banqueta de picadeiro, pensando estar amarrado na árvore o elefante não forçaria mais libertar-se.

    Assim nós estabelecemos nossos mitos, nossas verdades, e nos pregamos a elas sem questionamentos, como servos inconsciente de códigos incompreensíveis mas indubitáveis, enraizados profundamente em nossas convicções.

    A filosofia de Nietzsche é libertadora, sua obra mais referenciada, Zaratustra, é um manual de vida que nos impele à liberdade, que nos abre a mente para um tempo que deixamos para trás, sendo guiados semelhantes ao gado em direção ao curral de nossas existências.

    Ai estão algumas considerações iniciais sobre esse autor, espero e tenho certeza, que meu adversário haverá de enriquecê-lo e, mais ainda, haverá de responder aos questionamentos e fazer outros tantos que nos leve a todos as considerações mais aprofundadas pelas quais desejamos.

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  4. Saudações, grandioso Big John, o lendário debatedor das redes sociais, já há anos derrubando ídolos e ensimesmados em páginas de debate na internet, sendo um dos nossos debatedores mais frequentes! Eu, que posso modestamente dizer que sou o debatedor com o maior número de vitórias do grupo, tenho o mesmo número de debates que o nosso peso pesado, sendo que nunca debati tantas vezes com a mesma pessoa em toda a minha vida, e posso dizer que valeu a pena, pois em todos os nossos embates, lembro-me de algo que me fez refletir sobre algum dilema a respeito da existência.

    Entretanto, por te conhecer já de longa data, confesso que fiquei bastante surpreso ao saber que você era fã logo de Nietzsche, o qual homenageia em um grupo com mais de 3000 membros do Facebook. Se fosse um grupo homenageando Olavo de Carvalho, Ted Haggard ou algum pastor filósofo, defensor do cristianismo, não ficaria tão surpreso. Você, que tantas vezes votou contra mim em debates justificando que o único motivo para isso era a escolha religiosa do meu oponente, resolveu homenagear um autor que é famoso principalmente por suas teses anti-dogmáticas que frequentemente criticavam o cristianismo.

    Confesso que fiquei curiosíssimo em saber quais foram os fatores que te fizeram admirar este autor, que defendia teses quase opostas às que defende Rhonda Byrne. Em nosso último debate, inclusive, citei uma frase de Nietzsche para sustentar meu ponto de vista e fiz uma brincadeira contigo, que acreditei ter sido mal interpretada, pois, se me lembro bem, fui vítima de inúmeros palavrões vindo de seus famigerados dedos. Digo isso por que Nietzsche (https://www.youtube.com/watch?v=7NjSxtG9PLA) acreditava que todos os tipos de sofrimento e fracasso deveriam ser bem vindos no caminho para o sucesso e vistos como desafios a serem superados, como os alpinistas fazem ao subir uma montanha. Nesta visão, os infortúnios são vistos como algo bom para vida, essenciais para nosso aprendizado e desenvolvimento pessoal. Dizia ele “A todos as pessoas com as quais me importo, eu desejo sofrimento, desolação, doença, maus-tratos, indignidades, profundo desprezo por si, a tortura da falta de autoconfiança e a desgraça dos derrotados”.

    Você conseguiria desejar tudo isso a algum ente querido seu, Big John? Conseguiria ver isso com bons olhos? Consegue crer que, justamente as pessoas que mais te criticam são aquelas que são mais importantes para sua vida? Que um galináceo ou um Gnu que tecem críticas ácidas aos seus textos em uma justificativa de enquete podem ser justamente as pessoas que mais seriam responsáveis para o seu crescimento e não aqueles puxa sacos como o Hanger Bartholomeu?

    É claro que a filosofia de Nietzsche vai muito além disso e ao longo do debate também vou dizer por que é que este autor também me chamou a atenção, sendo um dos primeiros que li a obra inteira, ainda em minha adolescência. O que me atraiu inicialmente na filosofia de Nietzsche não foi nem sua crítica à religião e sim sua visão sobre a arte, algo que foi muito importante na formação da minha forma de ver o mundo.

    Nietzsche escreveu bastante coisa sobre arte e também sobre música, principalmente a obra de Richard Wagner, que também tinha sido influenciado pela ideia de arte proposta por Shopenhauer. O conceito de “arte” que Nietzsche tinha foi importante para que ele estabelecesse todos os outros conceitos que ele teve a respeito de todas as outras questões para as quais investigou. Não compreender a visão que Nietzsche tinha a respeito da arte é não compreender a mais íntima intenção do autor em toda a sua obra.

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  5. Arte é a utilização de habilidades e imaginação para a criação de objetos estéticos, ambientes ou experiências que possam ser partilhadas por outras pessoas. É a mais sofisticada expressão das habilidades cognitivas já desenvolvidas pelo Homo sapiens. Mesmo assim, a espécie dissidente, Homo stupidus, foi desenvolvida para defender o slogan “Dane-se a arte”. Ou seja, para o inferno com tudo que demanda sacrifício de tempo e aprofundamento cognitivo e abraços a tudo que possa ser disseminado culturalmente, ainda que raso e vazio de significado, cuja maior função seja criar slogans repetitivos que incentivam uma vida sem reflexão.

    Ora, se é verdade a ideia corrente de que “é impossível avaliar qualidade de conteúdo de arte”, então todos os professores de arte e literatura deveriam ser mandados para o olho da rua. Onde é que já se viu falar de Machado de Assis, quando todo mundo só quer saber de Paulo Coelho? Quem vê graça em Van Gogh, depois que inventaram o vídeo game? Dane-se a arte! Dane-se tudo de bom que já foi produzido pela humanidade! Nada possui valor.
    Por que pagar alguém para falar das qualidades literárias de escritores que já morreram há muito tempo, se não há valor legítimo para se tirar de nada do que foi produzido por eles?

    E o mesmo vale para todos os professores de música, acadêmicos que se instruíram na evolução de cada ritmo e sabe o tanto que cada uma exige das capacidades cognitivas do artista para que sejam realizadas. Isso é reconhecer arte. Compreender o grau de complexidade e profundidade de uma criação humana e estabelecer diferenciais deste conteúdo artístico com os demais já produzidos por outros artistas. É óbvio que é possível estabelecer critérios objetivos para este tipo de comparação.

    Dizer o contrário é o mesmo que dizer que todos os artistas que já existiram, desde Da Vinci, até Mozart, estão em pé de igualdade naquilo que podem representar para a evolução cultural do ser humano a repetidores de frases de efeito com conotações fúteis, como nossos astros do funk carioca ou do axé nordestino. É óbvio que aquilo que é apreciado sempre estará nos mostrando as características de personalidade das pessoas que aderem, de corpo e alma, à determinado ritmo musical, que dividem similaridades em mensagens líricas, em temas que se referem à coisas que cada pessoa gosta de vivenciar em sua vida pessoal.

    O que limita tremendamente nossa capacidade de avaliação é a observação que nossa capacidade de percepção é limitada. Grandes artistas só foram reconhecidos após suas mortes, não tendo produzido nada que fosse visto como bom, enquanto estavam vivos.
    Mas isso não quer dizer que o que eles criaram era impossível de ser avaliado, em qualquer que fosse a época do desenvolvimento da percepção artística humana.

    Quando se pensam em mudanças de valores para a sociedade, sejam eles quais forem, é necessário pensar naquilo que seria melhor para o crescimento da mesma e não para a criação de ovelhas repetidoras de slogans, incapazes de perceber a profundidade das possibilidades das criações artísticas humanas. Exatamente por isso, quem possui conhecimento deve ser valorizado e a opinião de especialistas deve ser muito mais importante do que a quantidade de pessoas que resolveu repetir a mesma ladainha vazia, criada com objetivo unicamente mercadológico. A arte pode oferecer aos homens força e capacidade para enfrentar as dores da vida. A própria vida justifica-se enquanto fenômeno estético e a existência nada mais é que um acontecimento estético.

    A maior fonte de inspiração para toda a filosofia de Nietzsche foram os gregos pré-socráticos, em particular os sofistas. Representantes da “tragédia” antiga, exaltadores da “Aretê”, os Sofistas eram sapientes do fato que o homem é a medida de todas as coisas e por isso, o que é bom para um pode não ser bom para o outro. Mesmo assim, sabiam reconhecer o valor do conhecimento e tentavam compreender como é possível extrair mérito a partir do conhecimento.

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  6. Toda produção humana que incentiva o desenvolvimento das habilidades cognitivas das pessoas e acrescenta qualidade para a evolução cultural de um povo deve ser incentivada, enquanto que aquilo que induz as pessoas a tornarem-se zumbis alienados deve ser visto com maus olhos. Tolerar o intolerável prejudica tanto quanto o ato em si. Por isso, para tudo na vida existe aquilo que toleramos e aquilo que achamos que não deve ser incentivado.

    É um desrespeito à cultura acreditar que as mídias modernas estão certas ao incentivar a absurda desigualdade de atenção despendida aos maiores “fenômenos” de marketing moderno, como Michel Teló, ou Latino, em comparação a reconhecidos gênios da música como Hermeto Pascoal ou Vila Lobos, que são grandes desconhecidos do público.
    O fato é que nós podemos escolher o incentivo que deve ser dado para cada tipo de conteúdo e cabe a cada um de nós colaborarmos ou não para a disseminação de coisas que podem não ser úteis para o desenvolvimento da cultura.

    Segundo a visão de “arte” defendida por Nietzsche, influenciada pelos sofistas gregos e também por Shopenhauer, vivemos nossa vida como personagens de um livro, heróis de uma tragédia. Nela o nosso destino é sofrer; desse modo, o espectador aceita o sofrimento como parte da vida, e resiste a ele. Cada um, de sua própria perspectiva, pode avaliar se está gostando de sua própria história ou não. Assim como tem todo o direito de gostar ou não das outras histórias que vai ler. Mas quando o que se está discutindo é qualidade de conteúdo artístico, que é talvez a mais essencial de todas os possíveis questionamentos da existência, vale a pena considerar que tipo de cultura gostaríamos que nossos filhos conhecessem.

    Em uma alegoria artística proposta por Nietzsche, o mito de Satã é comparado com o mito grego de “Prometeu”, o titã que deu o fogo aos homens, e como punição, foi aprisionado em cima de uma montanha onde abutres diariamente comem-lhe o fígado, que sempre se regenera e o mantém sentindo dores constantes por toda a eternidade. Não é a toa que este mito foi várias vezes comparado com o de Satanás, o anjo que deu a capacidade de conhecer o bem e o mal ao homem, por outros simbolistas ao longo da história.

    Influenciado pelos sussurros de demônios, Sócrates dizia que “Existe um único bem: O saber.” Esta antinomia “Deus” X “Conhecimento” estará sempre presente quando alguém, para justificar a existência de Deus, usa a ignorância como muleta. É o famoso “Deus das lacunas”. Tudo o que o homem não sabe faz parte deste outro reino. Do misterioso, do divino e das respostas definitivas, baseadas naquilo que não se sabe.

    Oras, se Deus é incognoscível e também a personificação da incognoscibilidade, Satanás, como opositor, só pode ser o cognoscível, ou seja, aquilo que se pode conhecer, o mundo real, perceptível. O mundo livre de contos de fadas que aprisionam a mente das pessoas em estados de “inocência”, fazendo-as moldar suas vidas a conceitos morais de centenas de anos atrás na sociedade de hoje, cujo “conhecimento do bem e do mal” é muito maior.
    O ser humano não é mais o inocente nômade do deserto que vivia sendo escravo em terras estrangeiras. Existe todo um alicerce teórico baseado naquilo que sabemos a respeito de moralidade e desde que comemos do fruto proibido, aprofundamo-nos bastante nesta jornada de conhecer o “bem” e o “mal”. Para muitos, isso nos aproximaria de Satanás.

    O problema disso tudo é que, ao saber o que é melhor para si mesmo, o ser humano não precisa mais de uma figura invisível para representar tudo aquilo que ele não sabe. Então Satanás estaria incorporado à todo o conhecimento humano adquirido por conta própria, sem as arbitrariedades dogmáticas das religiões. E assim como Lúcifer, entre todos os filósofos, Nietzsche é um dos mais controversos. Justamente por isso, continuo curioso em saber como é que pode alguém tão conservador e religioso como Big John ser fã de alguém tão caustico. Espero pelas explicações em sua réplica. Grande abraço!

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  7. Algumas observações:

    Quais os frutos de sua pregação? O que temos no presente do pensamento de Nietzsche na sociedade do século 21? Temas interessantes para meu adversário navegar com a destreza de uma caneta sagaz. Assim espero. (Minhas palavras nas considerações iniciais)

    Eu não sei porque insisto com questionamentos que, via de regra, meu adversário não toma conhecimento. Por sua vez deixa perguntas e se adianta em querer delas uma análise profunda....enfim. Estaria ele, meu adversário, querendo ser o gestor do debate já de saída? Conduzindo não somente a mim como aos leitores?

    "Big John, o lendário debatedor das redes sociais, já há anos derrubando ídolos e ensimesmados em páginas de debate na internet, sendo um dos nossos debatedores mais frequentes! Eu, que posso modestamente dizer que sou o debatedor com o maior número de vitórias do grupo,,,," Chico Sofista.

    O que ele, meu adversário, deveria ter colocado aqui é que, concomitantemente a sua condição de debatedor, é também administrador do grupo e, isso posto, já deixa em evidência uma possibilidade imensa de manipulações cujo fim viesse exatamente caminhar nesse sentido. Ou não temos direito de levantar essa dúvida? Claro que temos e é ele que deveria antecipar-se, abstendo-se de uma ou outra coisa, como nada disso faz e, se lança a publicamente jactar-se vencedor,,,deve tomar a todos por tolos ou desprovidos de critica.

    Não estou acusando meu adversário até porque não detenho provas MAS, pela sua condição de administrador jamais deveria competir e, muito menos, propagar sua inefável condição de favorito. Portando se você perde um debate para o meu adversário, seja por UM ou por DEZ votos, não interessa, não se estresse e nem se sinta chateado. O governo Dilma embora péssimo NÃO perdeu sendo situação.

    E não me diga que vencer não faz parte de seus planos , vamos pois eliminar a utilização da mentira de uma forma tão vil, uma vez Chico Sofista disse que NÃO gostaria que ninguém votasse nele (nas suas considerações iniciais) depois mudou tudo, até o titulo do debate de modo a favorece-lo,,,,e ainda hoje fabrica e se utiliza do nome da autora do "Segredo" de forma a causar um impacto negativo e mentiroso em torno do meu nome.

    Chico é um debatedor de bons recursos gramaticais que passa da condição de garoto educado a um agressivo dono de todas as formas de ataques que se possa conceber. Não se iludam pois com esse moço, muito menos sejam fiadores de suas considerações descomprometidas com a ética, moral e verdade. Aqui não estamos tratando de nosso personagem, Nietzsche, mas de nos dois enquanto parceiros de muitos anos.

    Ética é um tratado de respeito entre as pessoas em todas as suas ações, moral é o tamanho do valor que nos creditamos, e verdade é a porção do que acreditamos e defendemos até que alguém possa demonstrar outro viés mais adequado e oportuno a causa em pauta. O sofista é aquele que não se compromete com nenhum estágio, nome ou valor de nada senão o interesse particular de uma questão em detrimento de todos outros fatores.

    E sofista é a "qualidade" pela qual meu adversário escolheu SER reconhecido.

    Acredito que agora devo TER despertado meu adversário para que dê o devido valor para suas ações futuras e se conscientize de vez que posso causar-lhe mais cicatrizes e danos que a reunião de toda a comunidade, portanto que respeite o debate, o tema e a mim, Big John.

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  8. No tópico paralelo ao do debate houve uma questão sobre a arte e a filosofia, o que era ciência exata ou humana, ..o meu adversário passou quase todo o debate respondendo no local errado aquilo que deveria ter dito NO tópico, portanto, nada direi sobre a arte senão que ela foi introduzida no assunto, como viés especial para a "grande pergunta" que se sobreporia.

    Nietzsche sofreu uma influência dos pré-socráticos sim como disse meu adversário, como também de Schopenhauer, Spinoza, Dostoiévski, Goethe e etc...e , em todos os casos foi também um critico ferrenho de suas ideias.

    Nietzsche rompia com a razão em nome da liberdade humana, na qual sempre encontrava um presilha escravizadora, um arame prendendo-a de forma inclemente. As criticas a Wagner, Schopenhauer, Xenofonte, Platão, Kant, Aristóteles entre muitos outros, são de domínio público e comprovam a independência filosófica de uma escola que pretendeu fundar, mas não teve tempo..

    Mas o meu hábil adversário resolveu adentrar por esse caminho para aproximar o autor, ora eleito por mim como digno de minhas horas de estudo e ações administrativas, como profano e porque não satanista? Quer, evidentemente, confrontar minhas convicções passadas de modo a encontrar nelas a oportunidade para cravar algum lancete fatal, mas , diferente dele, não fujo das questões.

    "Em uma alegoria artística proposta por Nietzsche, o mito de Satã é comparado com o mito grego de “Prometeu”, o titã que deu o fogo aos homens, e como punição, foi aprisionado em cima de uma montanha onde abutres diariamente comem-lhe o fígado, que sempre se regenera e o mantém sentindo dores constantes por toda a eternidade. Não é a toa que este mito foi várias vezes comparado com o de Satanás, o anjo que deu a capacidade de conhecer o bem e o mal ao homem, por outros simbolistas ao longo da história"

    "E assim como Lúcifer, entre todos os filósofos, Nietzsche é um dos mais controversos. Justamente por isso, continuo curioso em saber como é que pode alguém tão conservador e religioso como Big John ser fã de alguém tão caustico. Espero pelas explicações em sua réplica."

    Tudo quanto cobrava Nietzsche da muleta representada pela religião referia-se a condição da escravidão humana, Nietzsche não suportava a ideia da ausência de liberdade negando-se o presente em nome do futuro, a vida em nome da morte. Para romper com essa cadeia de servilismo aqui representada pela condição do homem diante de um deus escravizador, Nietzsche chegou as medidas extremas e, inclusive, anunciar a morte de deus. Disse mais, os assassinos somos nós.

    Quem vê o mercantilismo em torno do nome de deus nas mídias do Brasil tem alguma dúvida? Quem seria o deus pelo qual se move o coração do meu adversário? Certamente haverá alguma entidade africana ou oriental, presumo, que represente a corrente da escravidão das drogas, da maconha, cuja apologia meu adversário é reconhecidamente pródigo.

    Porque no chiqueiro todos nos reconheceríamos pelo cheiro, descendo ao charco respiraríamos todos à umidade. Entretanto, de onde estou, vejo o movimento no fundo do poço, e reconheço um escravo ansioso pelo fumo e ele atende pelo nome de Chico desculpe a divagação da poesia.

    Esse deus das mídias religiosas, criminosas, representado pelo interesse humano, criado à sua imagem e semelhança, foi jogado ao chão por Nietzsche, e com ele morreu toda a ilusão temporária a que estava preso a raça humana.

    Eu, Big John, nunca fui escravo de nenhum caminho, nem de um extremo nem do outro, sou eu sei, um cara até chato porque não tenho, ninguém de minha casa tem, nenhum mísero vício, não sei se meu adversário poderá afirma-lo da mesma forma, a evidência de Nietzsche resgata do poço um universo incontável de almas perdidas, cujos olhos andavam obstruídos pela ilusão humana. A escravidão tem múltiplos rostos.

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  9. Vou ignorar as divagações elucubrativas que seguiu-se na última parte das considerações iniciais do meu adversário, tentando aproveitar o tempo para propósitos mais elevados, Nietzsche valorava a vida, insistia no riso e na alegria, sugeria a dança e não abria mão de uma vida em plenitude. O eterno retorno, o devir, o amor fati, viver como se nunca mais fossemos ter outra oportunidade.

    Meu adversário afirmou que o autor era controverso. Não consigo ver ONDE e nem PORQUE. A filosofia de Nietzsche está embasada nesse tripé, liberdade, vida e felicidade, infelizmente para ele, sua própria existência não serviu de exemplo, sendo a fatalidade, a doença e a decepção uma constante a surpreender-lhe mesmo depois de sua morte.

    O questionamento que insisto deixar com meu adversário para que seja abordado de forma direta e construtiva é a influência do pensamento de Nietzsche na geração presente e, como transforma-la de filosofia teórica em condição prática acessível a tantos quantos por elas se interessem. Faço a mesma colocação para minha comunidade, como transformar os ensinamentos rebuscados de um escritor culto e requintado em alternativas de escolhas presentes para tantos quantos dele queiram se valer.

    Ressalto que sem abordarmos as ideias do autor, não tem como deixarmos absolutamente nada para os leitores senão um festival de ataques de ambos os lados que, junto com um conjunto de iniciativas, deverá representar a vitoria ou a derrota de um e de outro candidato, nem sempre o resultado mais justo e apropriado, entretanto, é assim que as rodas prosseguem nesse carro conhecido com Duelos Retóricos.

    Espero que encontrando a posição clara do meu adversário sobre as idéias de Nietzsche para a população do século 21, possamos prosseguir com ganho opara tantos quantos nos acompanhem. Hora de sair, bom dia.

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  10. “A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da linguagem que lhe corresponde. O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho. [...] Portanto, em primeiro lugar, a verdade é a verdade do rebanho.”
    (FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE)

    Quanto mais aprendemos coisas, menor a relevância do Deus das Lacunas. A igreja estava certa ao combater “mentes revolucionárias” como Copérnico e Galileu, pois o conhecimento que eles revelaram colocou em cheque muitas das verdades absolutas proferidas pela igreja. Ao se conhecer mais sobre os objetos e sobre nossa condição do universo, é natural que o poder de um criador, pautado naquilo que não se sabe, diminua. Até que chegue um ponto em que histórias fantasiosas que contrariem fatos como a evolução, começam a ser questionados por quem tem um mínimo de racionalidade. E foi isso o que Nietzsche quis dizer quando disse que Deus estava morto, fazendo uma alusão ao avanço da racionalidade e do positivismo (coisas que ele também criticava).

    Alguém que doutrina seu filho, corrompendo suas capacidades críticas ao impor uma visão de mundo nefasta como esta está cometendo um abuso infantil tão perverso e traumatizante quanto o estupro. Mesmo assim, existem muitos religiosos que tentam extrair o que há de melhor nos ensinamentos que lhe foram dados, nem que tenha que reduzir tudo a apenas 2 mandamentos. Mas se você reduzir tudo à “paz e amor”, não precisa ser religioso, seja Hippie. Mas seja de verdade, como foi Jesus Cristo, o Judeu Cínico. Caso contrário, dizer que concorda “apenas com algumas partes” de sua verdade absoluta te coloca em uma encruzilhada de contradições das quais vai ser impossível você sair sem parecer extremamente cara de pau.

    Como diria Nietzsche, o único cristão morreu na cruz. Os demais, são todos uns hipócritas que usam seu nome para se dizerem moralmente superiores, mas que no fundo não entenderam sua palavra. Se isso aconteceu com Cristo, quem dirá com Nietzsche, que é muito menos conhecido? Para a minha lógica, é até compreensível que Nietzsche tenha influenciado a criação do Satanismo por Anton Lavey ou até para Hitler, quando critica acidamente a moralidade judaico-cristã, dizendo que é uma moralidade de escravos, feito para gente fraca de caráter, praticamente o inverso do que se esperaria de um Super Homem (ou de um homem que estivesse além do homem que conhecemos, em uma melhor tradução).

    Mesmo abominando o nazismo, sua irmã mudou algumas de suas frases para que ele pudesse fazer sucesso com seus amigos nazistas e isso foi uma das máculas que ficaram na memória do autor, mesmo sem ele saber. Mas isso é totalmente compreensível. O que não é compreensível é que um cristão conservador atual, que se diz apaixonado pela “verdade” e abomine os sofistas possa admirar a filosofia do autor. Ou o autor está sendo completamente mal interpretado, como fazem os que se dizem cristãos ao usar a imagem do Hippie Cínico, ou não sei nem o que é que pode estar acontecendo. Exatamente por isso, este debate me é muito interessante. Espero no final entender a leitura que meu adversário fez de Nietzsche e como é que conseguiu concordar com um autor tão blasfemo e sofista como este.

    Eu não entendo por que é que os religiosos querem tanto se intrometer na vida dos outros, dizendo o que é que as pessoas devem ou não fazer peladas, as drogas que devem ou não usar ou as leis que devem aprovar ou não, baseadas nas fantasias de um grupo de pessoas.
    Segundo Nietzsche, a forma mais honesta de você investigar se suas próprias crenças são baseadas em reflexões legítimas, não apenas um adestramento às normas que a sociedade impõe a cada um de nós. Para isso, é necessário continuar perguntando-se, sempre. E investigando.

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  11. “Como? É o homem apenas um erro de Deus? Ou é Deus unicamente um erro do homem? Quem “criou” quem? ou seria como se “criou”?“
    FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE

    No início do Cristianismo, os Cristãos Judeus consideravam Paulo um herege e davam pouca atenção ao capítulo 3 de Gênesis. As seitas Gnósticas honravam a cobra do Gênesis 3. Não viam a cobra como um sedutor que levou o primeiro casal ao pecado. Ao invés disso, eles veem a serpente como um libertador que trouxe o conhecimento à Adão e Eva ao convencê-los a comer da árvore do conhecimento do bem do mal e desta forma deixar sua forma anterior de “proto-humanos”, para humanos verdadeiros.

    Estas facções Cristãs foram dizimadas com o apogeu da igreja cristã, que tinham a maioria de suas crenças teológicas a partir do Apóstolo Paulo (que antes era Saulo, o perseguidor, e que nunca viu Cristo pessoalmente) e o evangelho de João. Para eles, Gênesis 3 era de importância crucial, sendo a razão para a natureza corrupta e situação existencial desesperada dos seres humanos. A ideia de pecado original diz que existem conflitos entre os seres humanos e Deus, que foi criado por nossos ancestrais e que todos nós temos que carregar, sendo que, de alguma forma, Jesus Cristo apareceu para nos redimir disso.

    Ou seja, Jesus está aqui para nos salvar de uma coisa que nem fomos nós que fizemos, mas sim Adão. E o pior, o “grande mal” que Adão fez foi comer um fruto, de uma árvore que iria dar o conhecimento do bem e do mal para quem comesse. Tudo isso às custas do maior preço possível: Nossas próprias vidas. A partir deste momento, nos tornamos mortais e verdadeiros e não apenas alegorias em livros empoeirados. Os seres humanos seriam capazes de conhecer o bem e o mal. E escolher.

    “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertarás”, dizia Cristo e também Sócrates, à sua maneira. Nietzsche, assim como os sofistas, cuspiam nesta frase. O que é a verdade se não a certeza de um cego, que mal sabe o que está acontecendo consigo? Para o Rafael Gasparini, a Filosofia é uma ciência exata e a verdade é a forma matemática como ele interpreta (ou mal interpreta) a filosofia de Kant. Para os pastores capitalistas, a verdade é que você não pode deixar de dar 10% da sua grana para pagar seus altíssimos salários. E para você, Big John, o gigante conservador, crente e fiel aos seus propósitos? O que é a verdade?

    O meu conceito de verdade mudou drasticamente quando fui apresentado à filosofia de Nietzsche. Eu comecei a ler filosofia muito jovem e fiquei encantadíssimo com os diálogos socráticos. Havia começado a ler as teses aristotélicas sobre estética e arte e quando contei isso a um amigo meu que também era músico, ele me presenteou com o primeiro livro que li de Nietzsche, “O Nascimento da Tragédia”, que mudou minha percepção de mundo. Lendo este livro, percebi que para entender a forma como o autor se colocava ante a existência, tinha que entender a forma como ele interpretava o fenômeno artístico e foi por isso que falei tanto disso em minha introdução, não tinha nada a ver com o que havia sido dito no tópico paralelo, apesar de, neste ponto, o Rafael estar coberto de razão. Nietzsche era, talvez, mais artista do que filósofo e só quem realmente leu e entendeu o que ele disse consegue entender que isso, para ele, seria um imenso de um elogio.

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  12. “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”
    FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE

    Eu nunca pedi para ser administrador do grupo e o Levi só me colocou por que são poucas as pessoas com quem ele pode contar que abrirão os tópicos no blog e não sairão por aí apagando postagens e expulsando membros por qualquer motivo, o que faz com que o grupo seja vítima de severas críticas, mas que continue tendo a mesma cara de sempre. Também não ligo pra vitórias, a não ser quando elas deixam meu adversário putinho da vida por ver suas certezas absolutas esmiralhadas pela avaliação popular. Mas confesso, e não é mentira, pode não acreditar se quiser, que por muitas vezes eu preferiria perder, ser massacrado nas enquetes, por que sei que isso me faria crescer muito mais do que reafirmar o que eu já sei. E eu aprendi isso com Nietzsche, conforma já te disse várias vezes. Você, que tem um grupo que homenageia o autor, deveria saber disso muito mais do que eu, mas, novamente, parece pensar de forma totalmente antagônica à que pensava o autor.

    Você sabia que quando você muda de ideia, o sistema responsável por isso, em nível químico é o canabinóide? O mesmo que é ativado quando fumamos maconha? Eu apostaria que o bigodudo deveria curtir dar um tapa na pantera, ao contrário da bebida, que ele já havia criticado. E como eu, era um senhor de vários vícios, tanto é que enfiou sua vida no rabo por causa de uma vagina sifilítica, puto da vida por que a mulher que amava queria dar para outro cara. Aliás, todos temos vícios, assumir-se superior aos outros, na ilusão de não ser controlado por nada é algo de uma profunda ignorância, própria dos que acreditam serem senhores da verdade e que são incapazes de jamais mudarem de ideia.

    A prova maior de que Nietzsche, provavelmente, assim como Descartes, gostava de dar um tapa na pantera, está na frase seguinte:

    “A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.”
    FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE

    Quem já fumou e sabe dos efeitos da erva na memória de curta duração entende perfeitamente o que quis dizer o bigodudo puteiro que morreu pensando que era Deus. Além disso, a erva influenciou não só filósofos que queriam abrir suas mentes, mas também os mais talentosos e criativos dos músicos, isso quando não perseguiam drogas muito mais fortes, capazes de abrir nossas “portas da percepção”, como diria Huxley, que influenciou The Doors a escolherem o nome da banda.

    Por isso, termino minha tréplica ainda muito curioso. Além do fato de Nietzsche ser famoso e influente, quais são as teses defendidas pelo autor que você concorda, grande Big John? Com quais discorda? Qual é sua opinião a respeito de suas obras mais polêmicas, como “O Anticristo” ou “Além do bem e do mal”? Sacie minha curiosidade e a de nossos colegas, enquanto demole com meus argumentos. Quem sabe você não traz humilhação e sofrimento o suficiente para minha pessoa a ponto de me fazer crescer e aprender alguma coisa?

    Afinal de contas,

    “Tudo o que não nos destrói, torna-nos mais fortes”
    FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE

    Até a próxima!

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  13. Hora da tréplica

    Senhores, confesso que li e tornei a ler as palavras de meu adversário com extremo interesse, buscando compreender as RAZÕES do mesmo.

    Quer saber? Ao utilizar-se de frases soltas e descontextualizadas, delas SE servindo para, praticamente, tornar um autor erudito, culto, professor mais jovem da Basileia, em um errante a vagar pela cracolândia paulista, sim, transforma Nietzsche no protótipo do profeta que necessitava para defender suas próprias fraquezas, creditando indevidamente a Nietzsche todas as suas próprias incompetências, sob a falsa bandeira da liberdade.

    Está repreendido usando um termo cristão atual. Rsrsrs.

    Pergunto qual finalidade? E a resposta não tarda, desencargo de consciência. Descarrego emocional diria Freud. Ao nivelar o autor que elegemos à qualidade marginal de um maconheiro errante e vagabundo, no qual se vê espelhado, meu adversário encontra um tutor que não lhe reprova em meio a uma sociedade de cobranças imperativas.

    Certamente a própria família de meu adversário deve restringi-lo e reduzi-lo á condição de usuário de drogas, sobre ele destinando todos os cuidados devidos e necessários a um incapaz social. Ou, talvez como Nietzsche, meu adversário já superou a fase da vida familiar, encontrando-se presentemente num estágio defendido por Osho e preconizado pelos Beatles, cujo lema jamaicano era "Live and Let Live". Quase o extremo passo da degradação moral definitiva.

    "O riso é um prazer com a miséria alheia, mas que se toma com uma boa consciência". Niet

    Meu adversário pediu que eu declinasse sobre os ideais de Nietzsche e estou a fazê-lo utilizando-o como o mote de minhas ilustrações, portanto, uma das ideias que mais admiro em Nietzsche é a Vontade de Potencia, baseada em estudos misturados de Schopenhauer e de outros autores antigos.

    O que é bom? Tudo que eleve no homem o sentimento de potência, a vontade de potência, a própria potência. Nietzsche

    Ora, meu adversário quer fazer-nos crer que em meio a uma comunidade de quase 4 mil membros, "olhando do alto para baixo" o Gnu Leonardo Levi não viu UM nome, nenhum nome sobre o qual repousasse a SUA confiança, restando o nome dele, Chico Sofista, como alternativa fatal para a confiança desse posto.

    Senhores, alguém acreditou nisso? O que é que o meu adversário quer verdadeiramente? Poder. Poder para debater e, ao mesmo tempo, administrar. Poder para COLOCAR e SUBTRAIR aquilo que desconsidere o caminho para o qual possa caminhar, tornar-se o melhor debatedor, o que acumula mais vitórias, e disso jactar-se com profanamento.

    Poder. Vontade de Poder. Se meu adversário defender ideia diferente, ela deverá ser a misericórdia, a piedade e a humildade, e, ao fazê-lo, revelar-se-à diante de todos um cristão fervoroso, digno de uma cadeira na primeira fila diante de Silas Malafaia.

    "Em uma grande vitória o que existe de melhor é que ela retira do vencedor o receio de uma derrota" Nietzsche.

    Eu estou plenamente consciente que cavalgo sobre Chico Sofista, com a mesma habilidade gaúcha de quem faz isso enquanto "mateia" com uma das mãos.

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  14. "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes,,,"

    O eterno retorno é outro pensamento filosófico me me fascina sob o aspecto poético que nos permite. Ora, sabendo nós que viveremos incontáveis vezes passando exatamente por todas as mesmas situações, nada mais inteligente seria que nos desvestíssemos de nossos erros, de nossos fardos e adotássemos um modo de vida que fosse mais fácil e prazeroso de ser conduzido.

    O eterno retorno nos faz raciocinar sobre os nossos erros e na possibilidade de mudança enquanto tempo houver, nos inclina e incentiva á vida em plenitude, propiciando influencia social diante de um conceito de fácil assimilação. "

    ",,,é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar na verdade não há..." Vem então um questionamento, nosso adversário conhece mesmo o pensamento de Nietzsche, tendo devorado todas as suas obras antes mesmo de se alistar no exercito?

    Ou, na sua ânsia por vontade de potência não atropelou o eterno retorno? Acaso não sabia ele que seus passos errados deveriam, precisariam de correção para que alcançasse um padrão de vida que lhe fosse digno e honroso para que seus pais, família e amigos não se envergonhassem da sua presença? Não lhe foi dado conhecimento da extensão das agruras verdadeiras do porvir?

    Ou, imagina que essa sua degradação moral submetida consensualmente, é a sua explicação para viver a vida como se não houvesse amanhã?

    São muitas as questões e todas elas sinalizam para um paradoxo, ou o meu adversário mentiu quanto a seu conhecimento tão prematuro sobre Nietzsche (imagine no auge dos hormônios, 17 anos, as confusões pelas quais deveria estar vivendo para LER as obras completas de Nietzsche enquanto seus colegas de adolescências VIVIAM) ou Chico Sofista é um cristão enrustido para o qual o eterno retorno não passa de um incomodo na sua compreensão original de que existe um tempo futuro, automático, melhor que esse tempo presente, e, para esse tempo futuro, deveria (como ele fez) anular o gozo dos tempos presentes, lendo obras complexas senão enfadonhas para uma criança.

    Pergunto a você meu leitor,,,o que fizeram com meu adversário para dele fazer brotar esse monstro revoltado, tocando violentamente uma bateria no mais estrondoso culto demoníaco regado a Hard Rock, drogas e promiscuidade?

    Recorro a Bob Dylan - Blowin' In The Wind.

    Sim, só o vento poderá dizer-nos o que fizeram com ele,,,

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  15. "Quem sabe você não traz humilhação e sofrimento o suficiente para minha pessoa a ponto de me fazer crescer e aprender alguma coisa?"

    Foram as palavras e o pedido de meu adversário, portanto, não me interprete de forma errada julgando-me um perseguidor inclemente, estou atendendo a um pedido do meu adversário, parceiro de longa data, usando a filosofia de Nietzsche ( para sua estupefação.) de modo a arrastar seus cabelos compridos e falhos sobre o asfalto imundo de uma praça repleta dos dejetos da humanidade.

    "..O homem livre é um guerreiro.”

    Ora, ser livre implica em TER a liberdade, e o que é a liberdade senão a capacidade de agir conforme a NOSSA vontade? Estamos entrando num outro pensamento de Nietzsche, e, exatamente num ponto onde me espera sentado, ele, meu adversário.

    De um lado ele, que se professa um especialista em Nietzsche desde a mais tenra idade, e, de outro eu, Big John, ao qual ele reputa como avesso á compreensão e entendimento do pensamento de Nietzsche.

    Ora, que pendenga!!! Aparentemente torna claro que nenhum de nos dois está livre de influências que nos confronta com a filosofia proposta, ele por mentir em suas afirmações, exercendo o sofisma em sua máxima potencia, sendo um escravo de paixões humanas ao mesmo tempo em que brada por liberdade para os demais, esquecendo da própria condição servil. Sendo um louco na compreensão desmedida da própria vontade do poder.

    Eu, de minha parte, pregando moralidade humana como modo de vida, não para tornar-me superior mas para sentir-me livre, verdadeiramente, quando deveria exercer á humanidade que não pode ser compreendida do meu modo, senão numa concepção ou numa ótica religiosa.

    Mas compreender Nietzsche e seu exercício de liberdade, quebra os ídolos do servilismo moral e religioso, tornando o pensamento socrático/platônico numa pilha de destroços sobre outras correntes já demolidas, abre-se uma janela luminosa que nos demonstra á vida. Sim, confesso, eu estou sentado diante dessa constatação, não existe vida senão houver liberdade.

    O grande final está por chegar,,,há uma adaga estendida e espera pelo corpo magro e recheado de tatuagens e piercings dele, Chico Sofista. A sentença de Big John é fatal e sua palavra arde mais que a brasa, venha Chico, eu lhe aguardo brother!

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