segunda-feira, 5 de março de 2012

Big John X Octávio - Militarismo no Brasil


    • John BigJohn São pontualmente 02:37 horas em Interlagos. A festa pagã, orgia vulgar conhecida e exportada como carnaval, já acabou, é propício e tradicional desejar portanto a todos os senhores, um feliz 2012.

      Iniciando quero agradecer a tantos quantos de uma forma ou de outra, registraram suas expectativas quanto a esse debate, é a essa escola tradicionalíssima de abnegados que eu pertenço, sem esse comprometimento registrado na ansiedade de tais leitores, não haveria PORQUE continuar, assim, obrigado Felipe, Lucas, Leonardo, Chico Sofista, Alonso e etc.., sempre pontuais e oportunos, mostrando que há uma sintonia perfeita naquilo a que nos dispomos fazer, debater pelo prazer.

      Quero e devo agradecer ao meu adversário nesse evento, solícito e prestativo, se prontificando a me auxiliar no aprofundamento dessa questão histórica. Sem sua criteriosa observação haveria de abstrair-me nas minhas próprias reminiscências.

      Numa visão simples, objetiva, e primando pela síntese, entendo o militarismo como uma falsa ideia daqueles que usam farda, em demonstrar aptidão para o comando concomitante de outras áreas, notadamente da iniciativa privada, não fazendo causa nesse intento, do tamanho necessário do emprego das forças de suas armas.

      Não vamos aqui abordar o assunto com a profundidade dos tempos de Deodoro, sequer de Caxias e outros pares, nem mesmo pretendemos falar dos vizinhos como a era Pinochet ou de Jorge Rafael Vilela, “el Brujo”, verdadeiro expoente de uma era amarga e cheia de violências contra o povo portenho, vamos nos referenciar sobre nossas próprias mazelas, o período abrangente entre os anos de 1964 até os dias atuais.

      22 de Fevereiro às 02:47 ·  ·  1

    • John BigJohn Na academia de Agulhas Negras criaram-se excelências e elas foram parar nos famosos “RdE,s” (regulamentos), o Exército, como uma força circunscrita num perímetro determinado, deixava de exercer-se em plenitude, por consequência, os visionários que os comandavam vestiam seus pijamas em anonimato.

      Dura missão para qual alguns se movimentaram contrários.

      Por que até os dias atuais? Poucos observaram a notícia que colei nesse grupo há dois dias, e é oportuno fazê-lo novamente:

      Militares criticam opiniões de ministras Por Tânia Monteiro | Agência Estado – 14 horas atrás

      Em sinalização de como os militares da reserva estão digerindo a instalação da Comissão da Verdade, presidentes dos três clubes militares publicaram um manifesto censurando a presidente Dilma Rousseff e atacaram as ministras dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, por supostas críticas dirigidas à caserna.

      “...A carta, embora assinada por oficiais da reserva, traduz a insatisfação de militares da ativa, que são proibidos de se manifestarem. Eles se queixam de Maria do Rosário por supostamente estar questionando a Lei da Anistia e da titular da pasta das mulheres por "críticas exacerbadas aos governos militares".

      Os militares reclamam que Dilma, como comandante em chefe das Forças Armadas, deveria ter repreendido suas auxiliares, e não ter aplaudido o discurso de posse da nova ministra das mulheres, endossando suas palavras supostamente contra a categoria.

      "Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo", diz a nota.”

      22 de Fevereiro às 02:51 ·  ·  1

    • John BigJohn O eterno ranço pelo poder, assim como o cio de uma cadela percebido pelos cães das redondezas, exerce enorme fascínio entre seus pares.

      Há uma situação de “Stand by” em que vive o generalato Brasileiro, sempre crítico mordaz de tantos quantos ocupe o cargo máximo da nação.

      O nosso período militar segundo a ótica Big John, que vestiu verde-oliva no momento mais tenso desse regime, justamente na era Geisel (75/78), é de opinião que a manutenção de toda essa armada assim como ela se compreende na atualidade, é grande desperdício de recursos que somente é mantido, pelo interesse do poder civil em acalmar os ânimos sempre questionadores de tais oficiais.

      Há que se ter a coragem de antepassados históricos para confronta-los e sair com imunidade. Isso ainda não aconteceu com nenhum comandante civil.

      O período militar que se seguiu a revolução de 64, foi uma era de crimes “lesa humanidade”, cujo interesse oficial preconiza pela falta de transparências. Ninguém quer dar conhecimento público completo das próprias chagas, sem contar que, um número imenso de pessoas ainda TEM crédito contra a União, haja vista todas as ocorrências traumáticas que envolveram esses anos.TODAS originárias das premissas oficiais de "manutenção" da ordem pública.

      Estranho o pouco se fala sobre a ditadura, a pouca luz histórica que se ventila sobre a tortura e os anos negros de criminosos que hoje circulam livremente, mesmo após denúncias em obras independentes e corajosas, que enfrentaram tribunais pela ausência dos documentos mantidos a sete-chaves pelos interesses do poder.

      22 de Fevereiro às 02:59 ·  ·  1

    • John BigJohn Destaco algumas as quais tive acesso pelo meu exclusivo interesse, tais como: Veias aberta da América Latina, Guerras e Guerrilhas do Brasil, Lamarca o Capitão da Guerrilha, História da Repreensão Politica no Brasil, entre muitos outros.

      Sem a dedicação civil, o povo Brasileiro sequer saberia que um dia houve um tal de “AI5”.

      Esse é o panorama do Militarismo que pretendo aprofundar, aqueles que movimentaram os porões dos subúrbios de nossas grandes cidades, os gritos incontidos que se calaram e o choro de uma nação pelos filhos que não voltaram até hoje, desde aquela manifestação ordeira da USP e em seu próprio campus.

      É lendário que defendo apenas aquilo que acredito, não consigo e nunca me atraiu, sofisma. Estou sempre comprometido com a verdade que acredito, necessito desse comprometimento pois é ele que gera a emoção que me embala. Tudo quanto será dito, será, portanto, tudo aquilo em que acredito.

      22 de Fevereiro às 03:03 ·  ·  1

    • John BigJohn Deixo assim meio que no ar essa minha introdução.

      Preciso conhecer o pensamento inicial e meu adversário me parece ser de uma geração jovem, certamente deve ter estudado o assunto ao qual nós, como seus pais vivenciamos.

      Mas sua argúcia e perspicácia serão necessárias para uma continuidade produtiva do assunto. Antes de qualquer aprofundamento, quero conhecer a atitude de meu adversário frente à história segundo é divulgada.

      Como é e para que serve o militar segundo a juventude Brasileira?

      Qual a memória associada ao movimento que predominou pós 1964?

      Quais expectativas quanto a administração desse eterno conflito?

      Maquiavel foi um grande especialista na arte de nos ensinar procedimentos, de “como” manter coeso um Exército sem dele nos tornarmos reféns, e é e será sempre uma eterna preocupação de quantos tantos ocupem a Nação.

      Obrigado

      22 de Fevereiro às 03:09 ·  ·  2

    • Octávio Henrique Como disse em outro lugar, colocarei aqui um texto meu relacionado exatamente com o período de 64. Envolve também um pouco de militarismo pré-64, mas não prejudica o entendimento. Certos questionamentos vossos, porém, responderei na réplica. Enfim, aqui vai o texto:

      Em um país que conta meros 22 anos de regime democrático pleno*, não é muito surpreendente o fato de que há pessoas as quais desejam o retorno dos governantes da Ditadura Militar (1964-1985) ao poder. Pautando-se em argumentos como o vertiginoso aumento da criminalidade, a contínua impunidade dos praticantes de corrupção e a aparente queda do poder aquisitivo do cidadão comum no pós-regime, essas pessoas manifestam tal anseio em todos os locais da Internet, usando-se do democrático direito de Liberdade de Expressão.

      Porém, nem sempre o não-surpreendente é aceitável, especialmente quando se trata da volta das intoleráveis censuras prévias, repressões violentas a qualquer tipo de protesto e práticas de tortura e espancamentos a oposicionistas, sendo todas essas eticamente inconcebíveis. Há ainda outro agravante: A maioria dos defensores da agora finada Ditadura pouco ou nada sabe em relação à história entre militares e poder.

      Primeiro, deve-se frisar que, mesmo antes do fatídico ano de 1964, os militares já haviam chegado ao pode por meio de um coup d’etat (Golpe de Estado). Tal caso se deu em 1889, quando o notório Mal. Deodoro da Fonseca, após uma armação cretina do positivista e militar Benjamin Constan, executou um levante o qual terminaria por encerrar o governo de seu amigo, o monarca Dom Pedro II.

      Desde a queda definitiva do Segundo Reinado (1840-1889) até o ano de 1898, o país experimentou a República da Espada, cujos resultados foram: o advento da Constituição de 1891, a qual poucos avanços tinha ante a Outorgada de 1824; a fracassada política econômica do Governo Deodoro, resultando assim na renúncia do então presidente; um ilegítimo e truculento governo de Floriano Peixoto, que desobedeceu à Constituição a qual ajudou a criar ao não realizar novas eleições presidenciais no tempo previsto; e uma bandeira cujo lema é mera inversão do lema positivista Progresso e Ordem, sobrepondo, no caso da Bandeira Nacional, a existência da “ordem” a qualquer direito democrático e inferindo que apenas assim seria feito o progresso.

      Além disso, faz-se essencial conhecer as circunstâncias em que se deu o Golpe de 1964. Aproveitando-se da ineficácia dos vários populistas que estiveram no poder, do suposto comunismo do então presidente João Goulart (Jango), da crise econômica a qual assolava o país e do apoio dos direitistas da União Democrática Nacional (UDN), dos membros da Igreja Católica que temiam a ascensão do comunismo ateu no país e das classes média e alta cujos interesses eram supostamente postos sob ameaça com Jango, os militares tomaram com pouca resistência o poder das mãos de Goulart. Detalhe: Além de muitos historiadores convergirem para uma versão populista e não comunista de Jango, a crise de que se usaram os militares teve início com a insensata política econômica liberal do militar Gal. Eurico Gaspar Dutra.

      Em terceiro plano, é fundamental analisar o histórico do Regime e suas conseqüências para o Brasil. Além de ter início com um levante de legitimidade questionável, por ser baseado em puras especulações, a Ditadura utilizou-se de 12 Atos Institucionais (AIs) repressivos, de propaganda ufanista e de diversas obras faraônicas (Transamazônica, por instância) para manter a “ordem”, ganhar o apoio dos cidadãos comuns e demonstrar o crescimento do país.

      Entretanto, tanto pseudocrescimento se esgotou com a Crise do Petróleo de 1973, revelando um Brasil economicamente instável e politicamente corrupto, escancarando o quanto sofria o Estado com o excessivo aparelhamento cuja utilidade-mor era garantir emprego aos parentes de militares de alta e até mesmo média patente.

      Esse governo findar-se-ia em 1985, após as ínfimas tentativas de enfraquecer a oposição com leis como a Lei Falcão (1976, limitava a propaganda partidária oposicionista) e atentados como o ao Riocentro, sem contar também os diversos senadores e governadores biônicos e tantos outros fatos que tornam a Ditadura Militar uma página lastimável da história brasileira.

      Concluindo, mostra-se claramente necessário que aqueles os quais querem a volta do atraso militaresco e da censura em prol de um país melhor estudem mais sobre o tema, para que não caiam em falácias e sofismas embaraçosos. Ditadura Militar? Não, obrigado, prefiro Democracia.

      22 de Fevereiro às 09:50 ·  ·  2

    • John BigJohn Em respeito ao meu adversário, bem como a coletividade daqueles leitores todos que nos acompanham, informo que todos os escritos de Big John são originais, concebidos em especial para esse encontro.

      Havia dito em minha introdução, ser a favor de uma readequação do papel das forças armadas do Brasil, e, a considerar as palavras de meu adversário, é coerente em prevenir quanto a catástrofe que representaria uma segunda versão de tal regime.

      O texto pronto e em regime de espera, não permitiu que se ofertasse nenhum diferencial daquilo sobre o qual eu já havia acenado, terminando com sua postura rígida sobre a inviabilidade de retorno desse regime, do qual sabia-se ser a nossa mesma opinião.

      Isso posto, considerando que deverei prosseguir em minhas exposições, considerando que meu adversário vai aguarda-las para somente depois ofertar-nos o prazer de suas observações pertinentes e recém-atualizadas, vou prosseguir no meu sentido inicial convergente com a mesma visão pré de meu adversário.

      A corrente que clama pelo retorno da farda ao poder, é, essencialmente, aquelas por eles representadas, a mesma que, certamente, haveria de se locupletar em seus desmandos, impostos à baioneta goela abaixo da nação. O fato de ser um general não credencia por si só, dirigir uma faculdade, nem uma indústria, quiçá um tribunal.

      Não há uma alma vivente que apoie de forma consciente essa alternativa num mundo globalizado, técnico, no qual é imprescindível a concorrência e a competência civil para vencer as dificuldades comerciais crescentes entre os povos.

      22 de Fevereiro às 13:56 ·  ·  2

    • John BigJohn Todos somos sabedores (alguns mais que outros) tudo que de ruim representaram as administrações militares em todos países do mundo, vejam a atual Coréia do Norte como um exemplo a ser evitado, tendo, no centro do poder, uma junta militar que governa de fato e de direito.

      Trata-se do país mais fechado do mundo.

      Todas as administrações militares, debalde alguns resquícios de fôlego que proporcionaram, como o crescimento do parque industrial Brasileiro por exemplo, representaram um custo social enorme, um fardo a ser carregado por todos herdeiros das administrações posteriores, num trabalho hercúleo para desvincular a mancha indelével que suas práticas SEMPRE representaram.

      Não sei quantos dos leitores JÁ falaram com um General, especialmente daqueles de linha dura, originários desses movimentos.

      Para esses basta reproduzir algumas falas famosas que se tornaram públicas, como de João Batista de Figueiredo, dizendo que preferia o cheiro de seus cavalos que o cheiro do povo, reclamando do cansaço que suas obrigações enquanto Presidente representavam.

      Quem sabe de Newton Cruz, comandante Militar do Planalto, homem de dura cerviz, referindo-se aos seus rigores afirmou "...a palavra de um militar tem sabor de sangue e poeira", quem sabe o Major Curió a época da Guerrilha do Araguaia, "...pouco me importa quantos colonos morram se os guerrilheiros morrerem junto..."

      Até os anos 80, os oficiais do Quarto Batalhão de Infantaria Blindada em Quitaúna - SP, não disfarçavam o ciúme que ainda sentiam do falecido Carlos Lamarca, militar original daquele quartel, que AINDA cativava a simpatia dos seus contemporâneos, seja pelas iniciativas seja pela notória pontaria.

      Concluo que a memória dos militares ainda esteja embasada na sua truculência, na tentativa de forjar heróis a partir de lavagem cerebral imposta com o rigor do castigo, contra o qual o subordinado não está autorizado a questionar.

      22 de Fevereiro às 14:16 ·  ·  2

    • John BigJohn Acho que mesmo num pais de reconhecida tendência pacífica como o Brasil, alicerçado em tratados com parceiros de notória dedicação a causa bélica, PRECISAMOS das forças armadas. Não esse contingente incontável e mal distribuído geograficamente, mas numa força enxuta com missões pontuais e de utilidade pública.

      As forças armadas Brasileiras, deveria ter seu efetivo reduzido, eliminando-se a grande quantidade de quartéis especialmente alocados em praças urbanas. (quantos quartéis tem na cidade de Osasco - SP?, 8? 12? se não for isso é quase isso) em contrapartida, na região norte do Brasil, se viaja mais de 250 km de matas amazônicas, sem deparar com uma única representação militar.

      Japoneses e Russos invadem nosso mar territorial, traficantes obstruem nosso espaço aéreo sem uma defesa ativa de nossa Força Aérea. Bandidos de todas bandeiras vilipendiam as cidades fronteiriças.

      Proponho uma reengenharia, palavra que décadas atrás já me custou trabalho na mesma forma e proporção, adequando os efetivos nos pontos vulneráveis, com grande economia de recursos para a nação.

      Os céus do Brasil teriam vigilância se em toda linha demarcatória houvesse aviões de prontidão, nossos mares estariam protegidos (incluindo o famoso pré sal) se nossa garbosa Marinha saísse um pouco do Rio De Janeiro, assim como nosso Exercito seria muito mais útil confrontando invasores, caçadores, lenhadores e criminosos em geral, que aproveitam da fragilidade notória de nossas fronteiras.

      Todo o efetivo remanescente de uma readequação lógica, seria distribuído de acordo com as necessidades geográficas. Poderia gerenciar construções logísticas em áreas de complicado acesso, levando saúde e assistência para populações esquecidas, sendo, guardiães de uma nova situação, onde, ocupados e longe dos televisores da ociosidade, pudessem gastar energias em atividades produtivas, a favor do Brasil.

      22 de Fevereiro às 14:36 ·  ·  2

    • John BigJohn Quem disse que os militares são inúteis? Eu porém vos digo que não estão sendo BEM aproveitados, assim como todo o contingente de prisioneiros trancafiados em penitenciárias urbanas com custo social altíssimo, além do salário a que todos presos e soldados, têm direito.

      Da mesma forma que os militares, deveriam, vigiados por esses, custearem suas despesas COM trabalho, sob severa vigilância dos guardiães da pátria, ONDE quer que se estivesse cumprindo pena, logicamente, distantes algumas centenas de quilômetros de qualquer centro urbano.

      A ociosidade é oficina do diabo, mãe da eterna reincidência. Todos tem o dever de se exercitar produtivamente, se cidadãos, a favor da própria evolução, se prestadores de serviço das forças armadas, onde essa assim requisitar, se presidiário cumprindo pena para qual tenha sido julgado legalmente, em campo apropriado onde pudesse aprender e ajudar a fazer um novo Brasil.

      Gostaria que meu adversário, a luz de meu raciocínio, desenvolvesse tais considerações, readequando-as na sua forma de entendimento, de forma que ganhasse ainda mais consistência.

      22 de Fevereiro às 14:46 ·  ·  2

    • Octávio Henrique Como também já disse em outro tópico, esta réplica pode ser decepcionante para alguns. Inexplicavelmente, mesmo com a cordialidade de meu adversário, acabei por perder o foco neste debate. Enfim, tentarei recuperá-lo aos poucos.

      Para isso, responderei aos três questionamentos colocados por meu adversário em suas considerações iniciais com um pouco mais de clareza. Apesar de ser jovem, vejo como dificílima a tarefa de falar em uma definição única dos militares para a juventude. Enquanto uns os acham babacas, outros, como eu, foram criados a ter para com eles respeito, e outros ainda os admiram por serem os homens a defender o país.

      Porém, para as outras duas questões, posso dar apenas uma resposta: Lugar de militar É NO QUARTEL (ou defendendo as fronteiras). Não só tendo em mente os vergonhosos eventos pós-1964, mas também lembrando o fato de que os militares ocuparam não em uma, mas em quatros ocasiões o cargo de presidente do Brasil. Primeiro com os Marechais Deodoro e Floriano, depois com o Mal. Hermes, General Dutra e finalmente com os babacas de 1964. E nas quatro ocasiões foram quase totalmente ineficientes.

      Deodoro sofreu com a Crise do Encilhamento, culpa do próprio por ter colocado o advogado Ruy Barbosa como Ministro da Fazenda. Já Floriano quis demonstrar sua crueldade e poder ao suprimir barbaricamente duas revoltas anti-republicanas.

      Hermes foi o menos pior. Afinal, só manteve o que já existia nesta pátria. Não foi inovador como o Brasil precisava, e como poderia ter sido por romper o ciclo SP-MG na presidência.

      Dutra nem se fala. Acabou em pouco mais de um ano e meio com as reservas deixadas por seu antecessor Vargas. E os ditadores pós-1964... bom, os atos desses todos sabemos.

      Precisamos sim das forças armadas, como meu adversário lucidamente colocou. Mas precisamos delas no lugar, e não se intrometendo na política brasileira. E que, quando quiserem emitir opiniões, que não as emitam sem conhecimento de causa. Afinal, eles, assim como o senso comum religioso, se posicionaram contra Menicucci simplesmente por esta ter feito menções de legalizar a prática de aborto. Não levaram em conta, entretanto, outros projetos importantes da ministra.

      Porém, para que elas possam ocupar seu lugar dignamente, é preciso investimento. Especialmente na modernização geral do setor. E além de redividir as forças, como apontou meu colega debatedor, é preciso também redividir o Ministério da Defesa, recriando os antigos Ministério das Forças Armadas, Ministério da Marinha e Ministério da Aeronáutica (acho que esses eram os nomes) e colocando neles técnicos do setor militar que saibam não só os nomes dos equipamentos militares de cada área (pelo visto, o atual Ministro da Defesa mal sabe diferenciar equipamentos de uma área ou de outra), mas também como lidar apropriadamente com a opinião pública, com a mídia e com os funcionários de todos os escalões dos respectivos setores.

      Encerro minha réplica.

      22 de Fevereiro às 17:20 ·  ·  1

    • John BigJohn Clara e assumidamente, vê-se que meu adversário nesse debate não tem demonstrado aquele comportamento aguerrido que o caracterizou em outros confrontos, sei, por informação dele, estar atravessando um período escolar de diversas exigências, mesmo assim, mantendo seu compromisso, se faz presente com notável sacrifício.

      Não vou aproveitar-me da situação, atacando como um desvairado aquele que se dispôs atender-me, se não está conseguindo "tocar" adiante, devemos respeitar sua posição e momento, eximindo-o de dar sequência em algo em que se mostra completamente alheio.

      Há outra dificuldade adicional, o mesmo informa que não diverge em quase nada de tudo quanto tenho postado e não foi pouca coisa, o que por si inviabiliza ao debate, sendo que tal se observa, peço que a casa se digne apreciar QUAL a melhor atitude a seguir.

      A se optar pela continuidade, vagarei solitário a abordar as discrepâncias entre a utopia e o pragmatismo na questão do militarismo no Brasil, mas não será um debate a considerar as normas que o define, que já deveria ter merecido consideração de algum observador da moderação.

      Nada posso condenar no meu adversário que, corajosamente, já assumiu sua dificuldade.

      O Leonardo afirmou que retornava após o carnaval, disse mais que havia retirado todos os administradores por medida cautelar de segurança, de forma que, farei uma pausa nesse ponto e aguardarei uma decisão superior quanto ao prosseguimento ou interrupção desse debate.

      Peço escusas a todos leitores que acompanhavam e aguardavam o desenrolar do assunto, e espero compreensão para as dificuldades expressas e assumidas pelo meu adversário.

      Big John

      22 de Fevereiro às 17:48 ·  ·  2

    • John BigJohn Manhã de Quinta-Feira, 05:00 horas. Meu adversário bem humorado, confessou que não pode abrir mão de, no mínimo 1 ponto que ganharia com um empate pelo qual ainda irá batalhar, e, acredito com alguma justiça, já que não abandonou o debate por completo.

      Eu sou meio que movido à emoção, necessitando ser acossado para render melhor, e nesse debate não observamos isso em momento algum, então vamos mudar o rumo da prosa. Dei espaço para que esse frangote criado com leite Ninho mostrasse a que veio, e o que se seguiu foi uma decepção só.

      Não tendo sentido o gosto da farda pesando-lhe sobre o corpo, nunca havendo experimentado os beijos apaixonados das mulheres Brasileiras, na sua grande maioria loucas por aqueles homens com os quais sonham desde a mais tenra idade, mesmo com toda essa inexperiência, meteu-se num assunto com um especialista de escol.

      Deu no que deu, está amarrado de pés e mãos e já adentrará nesse debate apenas para UMA coisa, suas considerações finais, já que TODO o corpo do debate consistido em introdução, réplica, tréplica já foram atendidos e contemplados a seu tempo.

      O militarismo é a tábua de salvação para esse imoralismo que prolifera escandaloso, onde já se viu, um sujeito parar uma S10 abrir as portas no meio da rua, abrir a caçamba recheado por 1.200 W de som, e, descaradamente, colocar músicas como aquelas de dúbia interpretação que predominam na atualidade?

      Ou que dirá do Funk carioca? "...vem aqui novinha, pega e segura na minha...." prosseguindo num batidão insuportável de pura insolência. E seria essa a democracia sonhada pelos meliantes desmunhecados pós Goulart?

      23 de Fevereiro às 05:30 ·  ·  1

    • John BigJohn Quem sabe a onda Gay assumindo proporções insustentáveis em todas esferas do poder? A democracia é passar numa banca de revistas e ver uma mulher nua em posição ginecológica nas páginas centrais abertas e expostas ao público?

      Democracia é ver a proliferação de grupos religiosos constituídos por aproveitadores, estelionatários, bandidos de primeira a última instancia a dilapidar daqueles aos quais o Estado deveria garantir o patrimônio?

      O que é que teriam CONTRA a simples obediência de regulamentos criados para manutenção de um "Status Quo", cuja essência e finalidade seriam preservar a moral e os bons costumes ao lado da ordem e desenvolvimento?

      Quem disser que o militarismo é um retrocesso é retardado e nada conhece de países como China, cuja base de sustentação sempre foi e será, o forte apoio armado as ações civis.

      Um governo que se preza não olvida A importância da boa relação com sua própria defesa. Defesa não é apenas contra agressores externos, a ordem interna e a disciplina, fariam do Brasil um pais sério, não um povo cuja maior lembrança AINDA está atrelada as festas como carnaval, prostituição disseminada, esperteza e futebol.

      Alguém aqui fica contente de declarar-se Brasileiro no exterior? No Japão, maís especificamente na Ilha de Hokaido, sabendo que um Brasileiro adentrasse num mercado, um locutor avisava a todos clientes que "...acaba de entrar um Brasileiro."

      Na Espanha e em Portugal, uma mulher brasileira não é reconhecida profissionalmente se não for pelo sexo. Na Itália, Inglaterra e países tradicionais da Europa, a travecaiada brasileira tem assumido "os pontos" levando a degradação histórica de nossa pátria.

      23 de Fevereiro às 05:41 ·  ·  1

    • John BigJohn Como um militar de carreira, infante e atleta como eu, Big John, disciplinado na caserna por capitães vindos do Amazonas com vasta tradição na educação dos jovens em um regime militar, CONSEGUIRIA digerir tamanha balburdia?

      Todos usaram verde na minha família, a excessão, infelizmente, dos meus filhos. A tendencia democrata que predomina, faz com que menos de 1% dos jovens de 18 anos tenham acesso a essa glória, servir ao Exército, Marinha ou Aeronáutica. Em Israel, TODOS passam pelas forças armadas, inclusive as mulheres, e não são propriamente uma nação atrasada.

      Não senhores, esse desrespeito demonstrado até por essa aprendiz de comunista, PresidentA, cujo traseiro ocupou os bancos do DOI CODE, não perde oportunidade em humilhar seus verdadeiros e únicos parceiros, como, recentemente, mantendo as criticas de sua ministra contra o mundo fardado.

      Atacando aqueles cuja missão é sua defesa, modo nada inteligente de convivência que necessita de urgente reparação. O militar Brasileiro deve ser recolocado imediatamente em seu patamar de importância. Os desfiles militares devem voltar as ruas, os aviões devem sobrevoar os grandes eventos, assim como em todas nações democráticas do mundo.

      Os grandes navios devem receber estudantes em suas horas de ancoragem, trazendo o mundo civil mais próximo, testemunhando a importância dessa força para a independência de qualquer nação.

      O aparato militar é imprescindível ao crescimento, tolos serão tantos quantos intentem desvincular a necessidade de uma defesa forte e ativa para a consolidação de um povo, acredite, ainda em desenvolvimento.

      23 de Fevereiro às 05:52 ·  ·  1

    • John BigJohn Escrevi muito nesse debate, escrevi quase de forma monologa,mas ainda estou insatisfeito. Quero anexar um vídeo, embora dele não tenha necessidade para representar minha insatisfação, mas é histórico, e talvez os senhores possam amanhã, contribuir para que os crimes do Estado Brasileiro contra sua instituição militar, como, vergonhosamente, esse vídeo demonstrará.

      Vale dizer que ai Big John se formou, debaixo exatamente da seguinte frase, "...por aqui passaram os melhores soldados do segundo Exército..."

      Peço de fato que assista todo esse vídeo e tente conter a emoção!

      Obrigado

      23 de Fevereiro às 06:01 ·  ·  1

    • John BigJohn http://www.youtube.com/watch?v=X9v-rb5gniY

      www.youtube.com
      Pela restauração do prédio do Parque D.Pedro II, ex-séde do 2º Batalhão de Guardas, Tropa de Elite do IIº Exército
      23 de Fevereiro às 06:01 ·  ·  1 · 

    • Octávio Henrique Na minha tréplica, uma pergunta: Que tão grandiosa moral podem ensinar aqueles que se servem do abuso de autoridade para maltratar outrem?
      E, se só 1% dos jovens tem esse "privilégio", será mesmo que a culpa é da democracia, ou será que é porque eles ouvem sobre as barbáries dos generais e se recusam a passar por essas humilhações desnecessárias?
      Finalizando, como socialista, não considero a Dilma e nem o PT como um dos nossos. Eles saíram desse caminho a anos. E não há mal em ser comunista. Isso é preconceito seu, BJ.
      Encerro minha tréplica, aguardo as CFs de meu adversário e postarei as minhas com base nos próximos argumentos de meu oponente.


    • John BigJohn Considerações finais de Big John

      Chegamos ao final desse encontro de gerações sobre um assunto deveras interessante, deparo-me com algumas perguntas e as respondo com a educação que me é peculiar, a saber:

      "...Que tão grandiosa moral podem ensinar aqueles que se servem do abuso de autoridade para maltratar outrem?"

      Vejo que meu jovem adversário comete aqui um erro o qual, semelhante a um falso profeta, orienta combater (ad populum) ora, se algum militar vale-se da autoridade para o cometimento de arbitrariedades isso é pressuposto para dizer que TODOS os militares assim sejam?

      Um argumento com a mesma fragilidade de toda postura do meu adversário, incongruente e sem sustentação.

      "..E, se só 1% dos jovens tem esse "privilégio", será mesmo que a culpa é da democracia, ou será que é porque eles ouvem sobre as barbáries dos generais e se recusam a passar por essas humilhações desnecessárias?

      O que me impressiona na postura presente do meu adversário, é a sua capacidade de fugir da realidade, plantando mais uma falácia especulativa sobre a qual demonstra nenhum conhecimento. O fato desse baixo percentual SERVINDO, não significa nem uma ou outra coisa, mas a capacidade de absorção de conscritos por parte das forças armadas ANUALMENTE.

      O pais conta quase 200 milhões de habitantes, imagine quando tiver 500 milhões se esse percentual AINDA será o mesmo? Obviamente, considerando nossa tradição pacifista, esse percentual será ainda menor.

      Generais e soldados nunca se falam, vivem equidistantes como Reis e Vassalos de um mesmo feudo. Um se vale do outro mas a hierarquia estabelece uma longa fila entre eles.

      Em todo meu tempo de caserna, troquei 3 palavras com um General por iniciativa desse quando viu a tarjeta de minha gandola, a inscrição do meu nome, exatamente o mesmo que o seu.

      23 de Fevereiro às 14:05 ·  ·  1

    • John BigJohn Disse-me ele, você deve orgulhar-se desse nome rapaz, e eu lhe perguntei (ainda não tinha olhado até então) porque? Ele respondeu já de saída, PORQUE ? Porque será? Seguiu apressado e suas passadas ressoavam sob o tablado de madeira, seguido, sempre, por uma dúzia de oficiais superiores.

      Quase um semideus. Logo, é uma presunção sonhadora e fantasiosa a observação endossada pelo meu desinformado adversário.

      "..como socialista, não considero a Dilma e nem o PT como um dos nossos. Eles saíram desse caminho a anos. E não há mal em ser comunista. Isso é preconceito seu, BJ"

      Ok, então porque, ao lado das maiores figuras desse expoente revolucionário, figuram esses dois nomes como ícones vencedores?

      Deve ter conhecido Osvaldão do Araguaia, Lamarca, Mário japa, o assalto do BB da Celso Garcia, inclusive aquele tal de Prestes e o folclórico Brizola, o gaúcho que utilizando calcinhas e uma fantasia feminina FUGIU fronteira gaúcha afora.

      Deve ter assistido como eu o comício das Diretas Já debaixo do viaduto do Chá, onde, milhares e milhares de pessoas, em detrimento dos maiores líderes da época, pediam a um só coro, LULA.

      Emocionei-me tanto nesse dia, que acabei fumando um cigarro. Não meu caro, se socialismo existiu no Brasil, se comunismo alguma vez encontrou alguma receptividade popular, esse dois nomes, Lula e Dilma, sempre estiveram no ápice de todas decisões a seus tempos.

      Desmerecer a história não é alternativo inteligente. Se "deixaram" suas raízes, talvez seja porque essas perderam suas identidades. Pois enquanto TINHAM eles estiveram lá, e asseguro, você não iria gostar do castigo que eles sofreram para hoje, merecerem esse seu descrédito.

      23 de Fevereiro às 14:06 ·  ·  1

    • John BigJohn Coloco nas mãos dos senhores membros dessa casa, a decisão de arbitrar a favor de quem penderá vossas considerações. Estou bem certo de haver respeitado todos leitores, bem como aquele que me propiciou essa oportunidade de exercício.

      Confio no julgamento equânime de todos, esperando haver contribuído de alguma forma, para uma melhor compreensão desse assunto.

      Devem ter percebido uma mudança de estratégia de minha parte ao longo desse debate, ela ocorreu, visando proporcionar ao meu adversário, algumas armas adicionais para sua refutação.

      Julguem os senhores as minhas intenções.

      Obrigado

      Big John

      23 de Fevereiro às 14:11 ·  ·  2

    • Octávio Henrique Não apelei para ad popullum algum, BIG JOHN. Usei-me de minhas experiências, e de tudo que é dito sobre o tratamento dispensado pelos militares aos cadetes. E com esses rumores indo e vindo, não há tantos masoquistas assim para quererem entrar para a carreira militar.

      Novamente, não foi falácia. Foi experiência. Eu, pelo menos, nunca conheci alguém que falasse ter adorado os tempos de TG. Se conheci, foram um ou dois entre centenas.

      Não se pode forçar alguém a querer o militarismo. Militarismo é estúpido, é contraproducente. Lugar de militar e de quem queira ser um é no quartel, treinando diuturnamente e protegendo as fronteiras do Brasil. Seu lugar não é na política, nem junto da sociedade civil, e muito menos ensinando moralidade para os outros. Disciplina, honra e respeito, meu caro, se aprende em casa.

      E só para constar: Se não fosse o Olavo Bilac ter tornado o alistamento militar obrigatório para todos que completam 18 anos, acho que esse 1% se reduziria a 0,01% dos jovens, de tão maravilhosa que é a imagem dos militares para o povo.

      Não culpe os gays por tudo. Eles são os menos culpados. E menos ainda é a democracia, coisa que os militares só "cederam" após mortes.

      Socialismo não se degenera. Quem faz isso são os políticos que se dizem socialistas e mudam de lado. Lula e Dilma foram socialistas. Não são mais. Década de 80 é uma. Anos 2010 são outros quinhentos. Não iguale o comportamento de uma pessoa por 30 anos, pois esse mesmo comportamento muda todo dia.

      23 de Fevereiro às 14:58 ·  ·  1

    • Leonardo Levi Duelo encerrado!

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